Antes de completar um ano do seu primeiro mandato eletivo, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), conseguiu um dos maiores feitos, até agora, da sua carreira política — privatizar a Sabesp, companhia de água e saneamento que atende a todo o estado e maior companhia estatal do setor da América Latina. A vitória, comemorada em uma cerimônia da Bolsa de Valores, a B3, rende também dividendos políticos para o governador.
“O barulho que houve na privatização da Sabesp é um barulho político. Não é um barulho social. Você não viu manifestações na rua contra a privatização da Sabesp, o que houve foi barulho de partido político”, disse o governador em entrevista a VEJA no último dia 24, em seu gabinete, no Palácio dos Bandeirantes, a respeito das críticas à privatização da companhia (assista o vídeo acima).
Os rumores de uma mudança para o PL, movimento que chegou a ser afirmado pelo cacique da sigla, Valdemar Costa Neto, foram afastados pelo governador. “Não devo mudar de partido. Estou confortável no Republicanos e, por hora, isso nem passa pela minha cabeça”, disse durante a entrevista. Apesar de ser um dos nomes cotados para assumir o espólio de Jair Bolsonaro na liderança da direita nacional, Tarcísio mostrou cautela ao falar sobre possível candidatura ao Palácio do Planalto:”Sempre cogitam nomes de governadores de São Paulo. E sempre que cogitam, dá errado”.
Seu aliado para as eleições municipais em São Paulo, o atual prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) terá, na visão de Tarcísio, uma disputa dura pela frente, em que a vantagem ficará para quem cometer menos equívocos durante a campanha. O emedebista rivaliza com Guilherme Boulos (PSOL) o primeiro lugar. “Quem errar menos vai levar. Então, é uma sensação que eu tenho e eu aposto numa vitória do Ricardo”, diz o governador.
Leia a entrevista na íntegra publicada na edição nº 2 903 de VEJA, publicada em 26 de julho de 2024.