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Por José Benedito da Silva
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Doria, mais uma vez, usa a vacina para se contrapor a Bolsonaro

Governador de SP, que esteve presente na imunização contra a Covid-19 da primeira pessoa no país, participou nesta quinta da vacinação da primeira criança

Por Bruno Ribeiro Atualizado em 14 jan 2022, 14h47 - Publicado em 14 jan 2022, 13h41

A vacinação de crianças, que poderia ser apenas mais uma etapa da campanha de imunização contra a Covid-19, terminou por se tornar mais uma fronteira na guerra ideológica contra vacinas travada pelo presidente Jair Bolsonaro e, pela segunda vez, deu chance para o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pré-candidato à Presidência da República, sair na frente na aplicação do imunizante e se contrapor politicamnete ao governo federal.

O tucano conseguiu estar na foto da primeira criança vacinada do pais, nesta sexta-feira, 14, em São Paulo. Ao escolher um garoto de 8 anos — Davi, um menino indígena da etnia Xavante com deficiência motora, portanto na lista de prioridades — como a primeira criança recebendo a esperada picada, Doria se contrapôs mais uma vez ao presidente. Enquanto o paulista vem cobrando a proteção imediata aos menores de 11 anos desde que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anivsa) aprovou a vacinação de crianças, há um mês, Bolsonaro vem não só colocando em dúvida a eficácia da proteção, já comprovada, como criticado os “tarados por vacina”. Ele chegou a dizer que o número de mortes de crianças (já foram mais de 300) não justificaria os “riscos” da aplicação do imunizante. Desde a chegada do primeiro lote da vacina da Pfizer para crianças ao Brasil, na quinta-ferira, Bolsonaro não se pronunciou sobre o assunto.

A vacinação é o carro-chefe da estratégia de campanha traçada pela equipe do tucano para reverter os altos índices de rejeição que ele vem obtendo nas pesquisas de opinião. Doria pretende mostrar os resultados positivos de seu governo para tentar tirar pontos de Bolsonaro, Sergio Moro (Podemos) e Ciro Gomes (PDT) para chegar ao segundo turno contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas. Por ora, Doria está na lanterna das pesquisas de opinião, na casa dos 3% das intenções de voto.

Foi graças a Doria que o programa de vacinação teve início no país, com a parceria estabelecida entre o Instituto Butantan e a chinesa Sinovac. Em ambas as vezes em que iniciou o processo, o tucano ainda sinalizou à diversidade, um ponto em que o presidente nunca foi bem. A primeira vacinada no país, a enfermeira Mônica Calazans, janeiro de 2021, foi uma mulher negra que trabalha na linha de frente contra a doença. Davi é pertencente a uma população sob risco diante dos afrouxamento das proteções aos indígenas tocada pelo governo do presidente.

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O governo Doria vem tentando obter autorização da Anvisa para também poder aplicar a vacina CoronaVac em crianças (por ora, só o imunizante da Pfizer está liberado). Ele pretende ainda distribuir outra vacina, o Butanvac, antes das eleições. Bolsonaro, por sua vez, ainda não anunciou que tenha se vacinado.

O tucano deve sair em campanha pelo país no começo de abril, iniciando a campanha em Minas Gerais e no Nordeste. Estará com as duas fotos embaixo do braço e um discurso para lembrar que a população de todas as frases contra a vacinação já proferidas pelo presidente.

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