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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Discurso de Bolsonaro impulsiona adesões à tese de impeachment

Doria, Eduardo Leite, Rodrigo Maia e Baleia Rossi, entre outros, que tinham moderação em relação ao tema, subiram o tom após os ataques do presidente ao STF

Por Da Redação Atualizado em 7 set 2021, 17h24 - Publicado em 7 set 2021, 17h13

A participação do presidente Jair Bolsonaro nos atos antidemocráticos deste 7 de setembro, com ataques ao Supremo Tribunal Federal e novas menções à possibilidade de ruptura institucional, aumentou a pressão por impeachment com a adesão de lideranças políticas que até então adotavam comedimento em relação a essa saída.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que o pronunciamento do presidente em Brasília “claramente afronta a Constituição”. “Eu nunca havia feito uma manifestação pró impeachment, me mantinha na neutralidade, entendendo que os fatos deveriam ser avaliados e julgados pelo Congresso Nacional, mas depois do que assisti e o que ouvi em Brasília, antes mesmo de ouvir o que ele pronunciará aqui [em São Paulo], ele claramente afronta a Constituição, desafia a democracia e empareda a Suprema Corte brasileira”, afirmou.

A declaração dele veio pouco tempo depois de o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, ter anunciado a convocação emergencial da Executiva Nacional do partido para esta quarta-feira, 8, com o objetivo de “discutir a posição do partido sobre abertura de Impeachment e eventuais medidas legais”.

Outro tucano e também pré-candidato à Presidência da República como Doria, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, subiu da mesma forma o tom.  “Foi um erro colocar Bolsonaro no poder. Está cada vez mais claro que é um erro mantê-lo lá”, afirmou.

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O presidente nacional do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), não foi tão claro, mas apontou na mesma direção. “São inaceitáveis os ataques a qualquer um dos poderes constituídos. Sempre defendo a harmonia e o diálogo. Contudo, não podemos fechar os olhos para quem afronta a Constituição. E ela própria tem os remédios contra tais ataques”, postou.

Há duas semanas, o presidente do PSD, o ex-ministro Gilberto Kassab, já havia admitido, pela primeira vez, em entrevista às Páginas Amarelas de VEJA, que o seu partido também pode aderir ao impeachment em razão do comportamento adotado pelo presidente nos dias que antecederam os atos de hoje. “Se em algum momento as opiniões virarem ações, o Congresso precisa ser célere e defenderei a ideia de que meu partido apoie o impeachment. O partido nunca fechou questão, mas, quando Bolsonaro ultrapassar essa linha, dentro do partido vou defender o afastamento”, declarou.

O deputado Rodrigo Maia (RJ), que quando era presidente da Câmara se recusou a dar andamento a qualquer pedido de impeachment de Bolsonaro, agora mudou o tom. No Twitter, escreveu que “está na hora de o comando do Congresso enquadrar o Bolsonaro”.

Tuíte do deputado federal Rodrigo Maia
(Twitter/Reprodução)

A sinalização dos três partidos, que juntos têm 101 deputados, é um problema para Bolsonaro porque as três legendas de centro não haviam até agora apoiado nenhum dos mais de 120 pedidos de impeachment apresentados à Câmara. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que não se manifestou nem foi a qualquer ato do Dia da Independência, continua disposto, no entanto, a não dar encaminhamento a nenhum pedido de afastamento do presidente.

Parlamentares que costumam adotar posições mais moderadas em relação ao tema também foram às redes de manifestar. “Só há uma solução para um PR que incita um golpe e declara que não obedecerá aos freios e contrapesos de uma democracia: impeachment. Há muito já não se trata de uma simples cortina de fumaça para esconder seus crimes e corrupção, mas de um projeto obsessivo de poder pelo poder”, escreveu a deputada federal Tabata Amaral (SP) no Twitter.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que integra a CPI da Pandemia, também defendeu o impeachment. “Não é preciso aguardar o fim do dia para apontar que Bolsonaro é um criminoso golpista, que manipula a massa para esconder rachadinhas, centrão, mansões suspeitas e a incompetência que jogou o Brasil em uma crise sanitária, econômica e social gigante. O impeachment é seu destino”, disse.

 

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