De olho na eleição, Ricardo Salles se aproxima do PTB, de Jefferson
Ex-ministro do Meio Ambiente participou de cerimônia de posse do empresário Otávio Fakhoury como novo presidente do PTB de São Paulo

O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles já tentou se eleger quatro vezes ao Legislativo – duas como deputado federal, uma como estadual e outra como vereador. Todas sem sucesso. Agora, como um dos ex-ministros mais queridos do presidente Jair Bolsonaro e de seus apoiadores, ele deve tentar a sorte de novo. Expulso do partido Novo, Salles tem conversado com dirigentes do PTB, de Roberto Jefferson, e participou na última terça-feira, dia 27, do evento de posse do empresário Otávio Fakhoury.
Desde que saiu do ministério em junho, Salles sumiu dos holofotes e não vinha atualizando as suas redes sociais – ele continua sendo investigado em dois inquéritos que apuram a sua relação com madereiros ilegais. Os processos foram abertos no Supremo Tribunal Federal, mas baixaram para instâncias inferiores após ele perder o foro privilegiado.
A aproximação do ex-ministro com o PTB faz parte da estratégia do mensaleiro Roberto Jefferson de transformar o seu partido na nova casa dos conservadores de direita – a posse de Fakhoury, que foi alvo do inquérito dos atos antidemocráticos movido pelo STF, foi considerada um marco nessa direção. Preparando-se para as eleições de 2022, a sigla afastou antigos caciques, como o deputado estadual Campos Machado, e atraiu influenciadores bem conhecidos do bolsonarismo, como o jornalista Oswaldo Eustáquio.
“Nós vamos fazer com que o estado de São Paulo cresça no conservadorismo, sim, e aqueles que não suportarem: peguem a sua mulinha e podem ir embora”, discursou o deputado estadual Douglas Garcia, líder do partido na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Além de Salles, Jefferson também sonha em lançar o deputado federal Luiz Philippe de Orleans Bragança (PSL) ao Senado ou ao governo do estado – o nome do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, também é constantemente lembrado pelos novos petebistas. Apesar de manter o apoio quase incondicional a Bolsonaro, esse grupo tem manifestado certo desapontamento com o presidente pelos recentes movimentos de acenar a partidos do Centrão, como PP e PL.
Com as opções partidária de Bolsonaro cada vez mais reduzidas para o próximo ano, o PTB também é tido como uma possível sigla para abrigá-lo. Bolsonaro abandonou no meio do caminho o plano de criar um partido só dele, o Aliança, e tem enfrentado dificuldade para ser recebido em outras siglas menores, como o Patriota e o PRTB.
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