CPI da Pandemia reenvia provas à PGR depois de três meses de divergências
Para Aras, que vinha sendo acusado de fazer corpo mole, a iniciativa 'confirma que o material inicialmente enviado à PGR não atendia aos requisitos legais'

A CPI da Pandemia entregou à Procuradoria-Geral da República, nesta sexta-feira, 18, uma relação com as provas individualizadas que sustentam as imputações de crimes feitas pelos senadores contra autoridades com foro no Supremo Tribunal Federal, incluindo o presidente Jair Bolsonaro (PL), ministros do governo e parlamentares. Segundo a PGR, a entrega das provas de forma organizada “confirma que o material inicialmente enviado à PGR não atendia aos requisitos legais, o que, além de embaraçar o trabalho do Ministério Público Federal, poderia prejudicar o exercício da ampla defesa e do contraditório”.
Desde o final de outubro, quando a CPI entregou à PGR seu relatório final com os indiciamentos, as investigações estão paradas e houve uma guerra de narrativas. De um lado, a equipe de Augusto Aras dizia que não havia recebido separadamente as provas que embasavam cada uma das acusações feitas pelos senadores. De outro, os parlamentares acusavam a PGR de engavetar o caso para proteger o governo. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) chegou a afirmar que pediria o impeachment de Aras por causa da omissão.