CPI da Pandemia: a Prevent Senior parte para o contra-ataque na Justiça
Advogada responsável por dossiê contra o plano de saúde encaminhado à Comissão é alvo de ação por danos morais

Uma das maiores empresas de planos de saúde do Brasil, a Prevent Senior adotou uma postura defensiva no final do ano passado ao se tornar um dos principais alvos da reta final da CPI da Pandemia, sendo colocada no banco dos réus por medicar pacientes com o ineficaz “kit covid” e de ter agido em cumplicidade com o governo federal para justificar o emprego de medicamentos como cloroquina via um “gabinete paralelo” ao Ministério da Saúde. A empresa sempre negou tudo e agora prepara uma série de ações contra profissionais responsáveis por acusações que considerou injustas. A primeira dessas ações foi protocolada na noite de sexta, 25, no Tribunal de Justiça de São Paulo, citando a advogada Bruna Mendes dos Santos Morato. Ela provocou um enorme barulho em setembro ao levar à CPI um dossiê com denúncias de um grupo de ex-médicos da Prevent Senior e também depôs na comissão no papel de testemunha.
Segundo a ação movida contra a advogada, a Prevent Senior teria sido vítima de uma tentativa de achaque. Depois de ver frustrada a proposta de um acordo milionário com a companhia para resolver de forma amigável supostas pendências com um grupo de ex-médicos da empresa representados por ela (o valor seria de 3,5 milhões de reais), Bruno Mendes dos Santos Morato, movida pelo sentimento de vingança, procurou a Comissão do Senado para atacar o plano de saúde, “acusando-a de praticar ‘aberrações’ e de estar em um ‘mundo’ onde seriam supostamente aceitos ‘atos de crueldade’, falta de preocupação com a vida dos outros, economia de gastos, mesmo que isso resultasse na morte de milhares de pessoas, dentre outras acusações”.
O processo da Prevent Senior contra a advogada sustenta que Bruna Mendes dos Santos Morato ofereceu à CPI um dossiê com dados manipulados de forma a sustentar a acusação contra a empresa e conclui o seguinte: “Ficou evidenciado que a Ré praticou gravíssimos e reiterados ilícitos geradores de danos morais à Autora, por meio de seu deturpado depoimento junto à CPI da Pandemia e das demais publicações dele decorrentes, em que fez inúmeras acusações sem prova, empregou uma série de adjetivos ofensivos e desonrosos, promoveu teorias da conspiração, acusou a Autora da prática de diversos crimes, tudo como forma de represália à Prevent Senior, além de uma tentativa de se aproveitar dos holofotes daquela comissão parlamentar”, acusa a peça assinada pelo advogado Alexandre Fidalgo. Ao final, a empresa pede que Bruna dos Santos Morato seja condenada a pagar uma indenização de 300 000 reais por danos morais.
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