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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Como naufragou de vez a chapa presidencial de PSDB, MDB e União Brasil

Terceira via enfrentou dificuldades externas, como o cenário de extrema polarização, e internas, como os rachas dentro dos próprios partidos

Por Da Redação
Atualizado em 4 Maio 2022, 13h31 - Publicado em 4 Maio 2022, 11h29

O fracasso de uma candidatura única à Presidência que aglutinasse PSDB, MDB, União Brasil e Cidadania se deve a uma série de adversidades externas — como o cenário cada vez mais polarizado entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) —, mas também a rachas internos, que minaram o fortalecimento da tão alardeada união da terceira via. O resultado é que três ou mais candidaturas devem tentar ocupar agora o mesmo espaço.

A saída de campo do União Brasil, capitaneado pelo deputado Luciano Bivar (PE), que via nas tratativas com os demais partidos um “jogo de cartas marcadas”, é uma das razões do insucesso da aliança eleitoral e expôs as dificuldades do autointitulado “centro democrático”. O partido era o que tinha o maior caixa para gastar na campanha e o maior tempo de TV.

Outro motivo é a inflexibilidade da senadora Simone Tebet (MDB-MS) e do ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), que não estariam dispostos a abandonar a pretensão de serem cabeça de chapa. Em tese, os dois continuam dialogando mesmo sem a participação do União.

Soma-se a isso o racha interno vivido pelas três principais legendas do grupo. Apesar de ter vencido as prévias do PSDB em novembro passado, Doria não conseguiu de imediato obter o apoio irrestrito de seus correligionários, que continuaram apostando num plano B, representado pelo ex-governador gaúcho Eduardo Leite. Em nota pública recente, Leite abriu mão de uma eventual candidatura e declarou apoio a Doria, mas o estrago no partido já estava feito.

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No MDB, enquanto o presidente nacional da sigla, deputado Baleia Rossi (SP), se empenha na defesa da candidatura de Tebet, caciques do Nordeste — como o senador Renan Calheiros (AL) e o ex-senador Eunício Oliveira (CE) — querem apoiar Lula. Outra ala do partido é próxima de Bolsonaro. Nesse cenário, considerando o histórico do MDB de valorizar as lideranças locais, é possível que, mesmo que Tebet seja candidata, emedebistas importantes façam campanha, na prática, para outros postulantes ao Palácio do Planalto.

A situação no União Brasil — partido que foi formado em 2021 pela fusão de PSL e DEM — não foi muito diferente. O grupo de Bivar queria priorizar o plano nacional, enquanto o do vice-presidente da legenda, ACM Neto, pré-candidato ao governo da Bahia, queria focar nas eleições nos estados. Além disso, no fim de março, o ex-juiz Sergio Moro migrou do Podemos, onde tentava viabilizar sua candidatura à Presidência, para o União, a convite de Bivar. Logo na chegada, outros caciques do partido — entre eles, ACM Neto — deixaram claro em notas públicas que ali não havia espaço para o ex-chefe da Lava-Jato se lançar ao Planalto.

Com um caminho tão tortuoso, e a consolidação da vantagem de Lula e Bolsonaro em todas as pesquisas de intenção de voto, a chapa única naufragou.

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