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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Cargo em risco: suspeitas de fraudes já derrubaram 5 secretários da Saúde

Secretario do DF foi preso nesta terça, mesma situação já vivida pelos titulares da área no Rio e Amazonas, todos em razão de investigações sobre fraudes

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 ago 2020, 15h16 - Publicado em 25 ago 2020, 14h14

Um dos trabalhos mais ameaçados durante a pandemia do novo coronavírus é o de secretário da Saúde. Responsáveis pelas compras emergenciais de insumos e equipamentos hospitalares, eles geralmente são os primeiros a caírem quando esquemas de corrupção vêm à baila.  Foi o que aconteceu nesta terça-feira, 25. O secretário de saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, foi preso preventivamente na Operação Falso Negativo, que investiga irregularidades na compra de testes de Covid-19.

O mesmo destino tiveram os agora ex-secretários de Saúde do Rio de Janeiro (Edmar Santos) e do Amazonas (Simone Papaiz), investigados por superfaturamento na compra de respiradores e outros contratos suspeitos firmados sem licitação. Santos deixou a prisão após fechar delação premiada com a Procuradoria-Geral da República.

Em outros estados, os secretários de Saúde não foram presos, mas acabaram sendo exonerados do posto. É o caso de Santa Catarina e Pará. Helton Zeferino saiu do governo catarinense, “a pedido”, após uma CPI exigir o seu afastamento em função das denúncias na aquisição de respiradores. Lá, quem foi preso foi o secretário da Casa Civil, Douglas Borba, que teria se envolvido diretamente no suposto esquema de corrupção.

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No Pará, Alberto Beltrame deixou o cargo após ser alvo de mandado de busca e apreensão que confiscou centenas de obras de arte encontradas em sua casa – ele diz que as peças foram compradas como “fruto de 35 anos de trabalho”. O caso investigado pela Polícia Federal também se refere à compra de ventiladores pulmonares para o tratamento de pacientes de Covid-19. No estado, quem ficou em situação mais complicada foi o secretário-adjunto da Saúde, Peter Cassol – na casa dele, a PF encontrou uma geladeira térmica com 750.000 reais em espécie embalados  em papel de jornal. Ele foi demitido logo em seguida.

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