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Busca por candidatura própria do PSD ficou ‘difícil’, diz líder no Senado

Para o senador Nelsinho Trad (MS), há tendência de articulação com os candidatos já colocados na disputa pelo Palácio do Planalto

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 abr 2022, 20h06 - Publicado em 12 abr 2022, 15h17

Enquanto o presidente do PSD, o ex-ministro Gilberto Kassab, diz não ter pressa na busca por um “plano D” para ser o candidato do partido na eleição presidencial e reafirma os planos de voo-solo na corrida ao Palácio do Planalto, como mostrou VEJA, correligionários de Kassab veem dificuldades práticas para que o plano da candidatura própria vingue. Um deles é o líder do PSD no Senado, Nelsinho Trad (MS), que diz haver uma “tendência” de que o partido se alie a um dos candidatos já colocados. O senador sul-mato-grossense evita, no entanto, apontar quais nomes seriam potenciais aliados.

“A busca por uma candidatura própria, no timing em que estamos agora, é mais difícil. Não adianta querer tapar o sol com a peneira, até porque não se pode filiar mais ninguém e, dentro dos quadros do PSD, não vai ser tarefa fácil achar um candidato com condições de representar o partido numa disputa majoritária nacional. A tendência é tentar se articular com as outras candidaturas postas”, disse Trad a VEJA nesta terça-feira, 12.

O PSD inicialmente havia lançado o nome do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), que desistiu da corrida presidencial, e depois tentou filiar o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite, mas ele preferiu ficar no PSDB e costurar uma candidatura alternativa à de João Doria no tucanato. Recém-filiado ao partido de Kassab, o ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung também resiste à ideia de encarnar a candidatura presidencial.

Diante das dificuldades de Kassab em encontrar o nome que encampe a candidatura própria do PSD, diferentes alas de parlamentares da sigla passaram a defender nos bastidores que haja uma liberação de suas posições nos estados em relação à eleição presidencial — o PSD tem deputados e senadores alinhados ao PT e ao presidente Jair Bolsonaro.

“Não posso dizer se vai haver liberação, porque o partido é eclético, independente. Mas de agora até a data da convenção, em política, é uma eternidade, muita coisa há de acontecer nesse período. O PSD com certeza vai ser procurado, porque tem 47 deputados e 12 senadores”, diz Nelsinho Trad. “Do mesmo jeito que tem nomes simpáticos a Lula, o PSD tem também ao presidente Bolsonaro. Há uma divisão muito forte”, completa.

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Há, de fato, importantes líderes pessedistas mais alinhados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) — a exemplo do governador do Paraná, Ratinho Junior, e de parte da bancada da sigla na Câmara — e outros mais afeitos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — como os senadores Otto Alencar (BA) e Omar Aziz (AM), ambos vice-presidentes do PSD. Para um segundo turno, Gilberto Kassab já deu sinais claros de que pretende caminhar com Lula.

Enquanto Nelsinho Trad vê dificuldades para o plano de Kassab se concretizar, o líder do PSD na Câmara, deputado Antônio Brito (BA), mantém o mesmo tom do cacique pessedista. “O PSD se preparou para ter candidato próprio, o time está pronto para jogar, estamos aguardando a escolha do nome entre os quadros do partido, sem muita pressa. Temos até agosto para escolher o nome próprio. Terminada a janela partidária, Kassab vai marcar as reuniões necessárias para tratar disso”, diz.

Defendida pelo cacique do PSD desde o início do ano passado, a candidatura própria é vista por pessedistas como uma estratégia para acomodar as diferentes correntes ideológicas que convivem dentro da sigla no primeiro turno da eleição ao Planalto. Assim, a possibilidade de palanques duplos nos estados já é precificada dentro da sigla.

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