Bolsonaro lidera em SC, mas estado não é mais o mesmo reduto bolsonarista
Segundo o Paraná Pesquisas, 42,9% dos catarinenses dizem que não votariam de jeito nenhum no presidente e um terço rejeita o seu governo
Jair Bolsonaro (PL) lidera a corrida presidencial em Santa Catarina, mas o estado, que ficou conhecido por ser um dos principais redutos bolsonaristas do país, não empenha mais o mesmo apoio ao presidente, segundo levantamento feito entre os dias 9 e 13 de junho e divulgado nesta terça-feira, 14, pelo instituto Paraná Pesquisas.
De acordo com o levantamento, Bolsonaro tem 45,1% das intenções de voto contra 29,0% do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – a margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
Na sequência, aparecem Ciro Gomes (PDT), com 6,2%; Vera Lúcia (PSTU), com 1,6%; Simone Tebet (MDB), com 1,4%; André Janones (Avante), com 0,9%; Pablo Marçal (Pros), com 0,6%; Luiz Felipe d´Avila (Novo), com 0,5%; Luciano Bivar (União Brasil), com 0,3%; e José Maria Eymael (DC), com 0,2%,
Entre os entrevistados, 8,8% afirmaram que irão votar em branco, nulo ou nenhum e 5,5% não souberam ou não responderam.
O desempenho de Bolsonaro está longe da performance de 2018, quando obteve 66% dos votos válidos no primeiro turno contra Fernando Haddad (PT) – a maior votação proporcional do país — e 76% no segundo turno (a segunda maior, atrás do Acre, com 77%.
Hoje, no entanto, segundo o Paraná Pesquisas, 42,9% dizem que não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro – uma taxa alta, mas ainda menor que a de Lula, que é de 53,6%.
Avaliação
A queda de apoio no estado também pode ser vista na avaliação de governo. Segundo o Paraná Pesquisas, 43,8% consideram o seu mandato ótimo ou bom, mas um terço do eleitorado catarinense (34,8%) o avaliam como ruim ou péssimo. Outros 21% o classificam como regular, enquanto 1,0% não soube ou não respondeu.
Quando questionados se aprovam ou não o governo, 54,3% dizem que aprovam enquanto 42% afirmaram que desaprovam e 3,7% declaram que não sabem ou não responderam.
A pesquisa foi feita com 1.540 eleitores por meio de entrevistas pessoais em 62 municípios e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº R-02099/2022.