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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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As primeiras Olimpíadas sem Nuzman, que aguarda sentença há 9 meses

Ex-dirigente olímpico, que renunciou em 2017, é acusado pela Lava Jato do RJ de ser intermediário de compra de votos pró-Rio como sede dos Jogos de 2016

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2021, 15h06 - Publicado em 30 jul 2021, 14h36

No campo da cartolagem nacional, os Jogos de Tóquio carregam um ineditismo: são os primeiros, depois de cinco edições, sem a presença de Carlos Arthur Nuzman à frente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). O dirigente comandou a entidade entre 1995 e 2017, mas saiu de cena depois de ser colocado no banco dos réus do braço da Operação Lava Jato do Rio de Janeiro. Quase quatro anos depois do escândalo, Nuzman ainda aguarda uma sentença do juiz federal Marcelo Bretas – o processo, aberto em outubro de 2017, está pronto para conclusão há nove meses. A marca da longevidade da ação é um dos recordes de demora do magistrado, conhecido pela caneta rápida ao sentenciar investigados na Lava Jato fluminense.

Nuzman, que chegou a ser preso na Operação Unfair Play, em 2017, responde na Justiça Federal do Rio de Janeiro pelos crimes de corrupção, organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, supostamente cometidos na “compra” de votos para fazer do Rio de Janeiro a sede da Olimpíada de 2016 – a última das cinco que tiveram Nuzman à frente da presidência do COB. Ele ficou detido por quinze dias, até ser beneficiado por decisão da Justiça que lhe concedeu o direito à prisão domiciliar.  O COB é atualmente dirigido por Paulo Wanderley Teixeira.

Também estão entre os réus do mesmo processo de Nuzman o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB) e o ex-diretor de marketing e operações do COB Leonardo Gryner. Nuzman e Gryner são apontados pelas investigações da Lava Jato no Rio como intermediários do pagamento de 2 milhões de dólares ao então presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), Lamine Diack, entre o fim de 2009 e o início de 2010.

Em troca do dinheiro, o senegalês votaria pela escolha do Rio como sede olímpica e ainda influenciaria outros membros africanos do Comitê Olímpico Internacional (COI) a fazerem o mesmo. Com a escolha da cidade, diz o Ministério Público Federal, o grupo político de Cabral teria novos meios de arrecadar propina, por meio de obras ou contratos de prestação de serviço.

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Conforme as apurações, o pagamento foi feito no exterior a Papa Diack, filho do dirigente da IAAF, por Arthur Soares, o “Rei Arthur”, cujas empresas chegaram a ter 3 bilhões de reais em contratos com o governo do Rio de Janeiro durante a gestão de Sérgio Cabral. Em depoimento à Justiça em 2019, Cabral admitiu a compra de votos para a escolha do Rio como sede olímpica, com dinheiro de Arthur Soares. O ex-governador relatou ter recebido de Carlos Arthur Nuzman a informação de que Lamine Diack estava aberto a receber propina em troca de influência sobre os votos de membros do COI e atribuiu a ele a negociação.

O ex-presidente do COB nega as acusações de Sérgio Cabral e do Ministério Público Federal.

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