Ao lado do núcleo duro da campanha, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou o resultado do primeiro turno das eleições.
Com 99,07% das urnas apuradas, Lula recebeu 56,5 milhões de votos (48,21%) e Jair Bolsonaro (PL), 50,8 milhões de votos (43,38%).
“Toda eleição tenho vontade de ganhar no primeiro turno, mas nem sempre é possível. Isso é apenas uma prorrogação (…) Para desgraça de alguns, tenho mais 30 dias para fazer campanha. Adoro fazer campanha, adoro fazer comício e subir em caminhão”, declarou ao lado de um grupo visivelmente consternado de aliados.
Entre os presentes, estavam o candidato a vice Geraldo Alckmin (PSB), a presidente do PT Gleisi Hoffmann, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT) e o senador Randolfe Rodrigues (Rede).
Comparando o cenário atual com aquele das eleições de 2018, Lula disse que, há quatro anos, era tido como um “ser humano jogado fora da política” e que, hoje, retornou com mais “vontade e disposição” para recuperar o país.
Lula agradeceu o que classificou como “segunda chance” dada pelos brasileiros e antecipou querer debater frente à frente com Bolsonaro nos próximos debates. Sinalizou, ainda, o que deverá ser a estratégia da campanha petista das próximas quatro semanas — até o dia 30 de outubro, data do segundo turno.
“Vai ser importante, porque vai ser a primeira chance da gente fazer um debate tête-à-tête com o presidente da República pra saber se ele vai continuar contando mentira ou se vai pelo menos, uma vez na vida, falar a verdade com o povo brasileiro”. “Vamos tentar mapear o Brasil e ver quais são as regiões que precisamos andar”, disse.
Lula pediu, ainda, uma “parceria forte” para eleger Haddad — que, contrariando, as pesquisas, ficou em segundo lugar na disputa ao governo de São Paulo, com 35,70% dos votos, atrás de Tarcísio de Freitas (Republicanos), que teve 42,32%. Ambos disputarão o segundo turno.