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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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A peregrinação evangélica de Ricardo Nunes em São Paulo

Prefeito participou de três encontros com lideranças protestantes em um único dia; Datafolha mostra crescimento junto ao segmento

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 set 2024, 21h26 - Publicado em 23 set 2024, 12h47

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), tem apostado no crescimento da sua popularidade entre o eleitorado evangélico e turbinado as agendas junto ao segmento na campanha à reeleição.

Apenas no último domingo, 22, foram três encontros dedicados a esse público: de manhã, esteve com lideranças da Igreja Adventista e, na parte da tarde, participou de culto na Igreja Batista do Povo e, em seguida, da Escola Bíblica de Obreiros da Assembleia de Deus. No mesmo dia, participou de missa no Santuário Sagrada Família — o prefeito é católico.

Nunes teria mais um encontro na Assembleia de Deus na noite desta segunda-feira, 23, mas cancelou o compromisso após confirmar a ida no debate do podcast Flow que acontece no mesmo horário. Inicialmente, tanto o prefeito quanto o candidato Guilherme Boulos (PSOL) anunciaram que não iriam ao debate, mas após Boulos confirmar a participação, Nunes anunciou que também iria.

A estratégia de Nunes de aumentar a penetração junto ao eleitorado evangélico tem sido calculada: as últimas pesquisas do Datafolha mostram um crescimento entre esse segmento religioso. Em agosto, o prefeito tinha 22% das intenções de voto entre esse eleitorado e, no início de setembro, chegou a 27%. A sondagem seguinte mostrou que Nunes subiu para 29% e, na última rodada, de quinta-feira, 19, ele tinha 32%. A margem de erro nesse estrato do eleitorado é de seis pontos percentuais para mais ou para menos.

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Outro fator tem sido o adversário Pablo Marçal (PRTB), que apesar de não ser “oficialmente” de nenhuma denominação evangélica, tem forte apelo junto ao público. A ofensiva de Nunes junto ao segmento, no entanto, parece ter freado o avanço de Marçal: no Datafolha de setembro, o empresário tinha 31% de intenções de voto no eleitorado evangélico e, na rodada da última semana, aparece com 26%.

Outro responsável pelo recuo de Marçal é Silas Malafaia. O pastor tem empreendido uma verdadeira cruzada contra o ex-coach após a confusão no ato de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, em 7 de setembro. Dia sim, outro também, Malafaia dispara vídeos na internet para “desmascarar” o que classifica como “farsa” de Marçal junto aos evangélicos.

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