Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Letra de Médico Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Orientações médicas e textos de saúde assinados por profissionais de primeira linha do Brasil
Continua após publicidade

Vacina do HPV: por que ela é fundamental

Hoje, reconhecemos que o câncer não é uma doença única e que existem múltiplas causas para o seu desenvolvimento. Muito se fala sobre o impacto do tabagismo, da alimentação e da obesidade, mas não podemos esquecer que um dos fatores de risco mais importantes são as infecções virais. O papilomavírus humano, ou HPV, é um […]

Por Paulo Hoff
Atualizado em 30 jul 2020, 21h11 - Publicado em 4 dez 2016, 13h00

Hoje, reconhecemos que o câncer não é uma doença única e que existem múltiplas causas para o seu desenvolvimento. Muito se fala sobre o impacto do tabagismo, da alimentação e da obesidade, mas não podemos esquecer que um dos fatores de risco mais importantes são as infecções virais. O papilomavírus humano, ou HPV, é um dos mais importantes nessas estatísticas, particularmente em nosso meio.

O HPV é um vírus bastante comum, que afeta ricos e pobres no mundo inteiro. Existem mais de 200 variantes da doença, e sua transmissão ocorre pelo contato entre a pele e mucosas de indivíduos. A forma de contágio mais comum é por contato sexual, mas o vírus também pode ser transmitido por contatos de natureza não sexual, e mesmo por via materno-fetal, em casos em que a mãe está contaminada. O sexo oral também é uma importante via de contato de risco para contaminação. Na maioria dos casos, a infecção pelo HPV passa despercebida, já que o organismo infectado consegue controlar a doença, sem que se observem sinais de sua existência.

No entanto, parte das pessoas infectadas não consegue eliminar completamente o vírus e a infecção pelo HPV pode se tornar crônica. Após um período, que pode variar de poucos dias a décadas, podem surgir verrugas, lesões pré-malignas, ou ainda, em casos extremos, câncer. Os tumores mais comumente associados a esse tipo de infecção são o câncer de colo uterino em mulheres, de pênis em homens, e do canal anal e da cavidade oral em ambos os sexos.

Impedir a transmissão do vírus é uma tarefa bastante difícil. Ela pode ser evitada sobretudo por meio da abstinência sexual ; já o uso de preservativos diminui bastante, mas não elimina o risco de contaminação. Dessa forma, o foco da prevenção se direciona ao diagnóstico precoce, preferencialmente de lesões ainda benignas que, se eliminadas, podem evitar o aparecimento do câncer. Por isso, toda mulher sexualmente ativa, independentemente de sua orientação sexual, deve realizar o exame papanicolau (citológico do colo uterino) regularmente, o que pode reduzir drasticamente a incidência e mortalidade pelo câncer de colo uterino. Infelizmente, não temos bons exames preventivos para homens e para os outros tumores causados pelo HPV.

Continua após a publicidade

O desenvolvimento de vacinas contra o HPV já começam a transformar positivamente essa realidade. Nem todos os tipos do vírus são passiveis de prevenção, mas os tipos responsáveis por mais de 70% dos tumores malignos estão cobertos pelas vacinas comercialmente disponíveis. Para ser realmente eficaz, deve ser administrada antes que o indivíduo tenha sido exposto ao vírus. Portanto, a recomendação é que pré-adolescentes, adolescentes e adultos jovens, tanto meninas como meninos, sejam vacinados.
No Brasil, o Ministério da Saúde disponibiliza gratuitamente há mais de dois anos a vacina para meninas entre os 9 e 13 anos, e começará em 2017 a vacinar também meninos entre 12 e 13 anos.
Infelizmente, ainda existe muito medo e suspeitas em relação à vacina, o que faz com que nem todas as meninas recebam as doses. Abandonar os tabus e garantir que todos os pré-adolescentes tenham acesso a prevenção é uma maneira simples e eficaz de combater vários tipos de câncer ao mesmo tempo.

paulo-hoff

Quem faz Letra de Médico

Adilson Costa, dermatologista
Adriana Vilarinho, dermatologista
Ana Claudia Arantes, geriatra
Antônio Frasson, mastologista
Artur Timerman, infectologista
Arthur Cukiert, neurologista
Ben-Hur Ferraz Neto, cirurgião
Bernardo Garicochea, oncologista
Claudia Cozer Kalil, endocrinologista
Claudio Lottenberg, oftalmologista
Daniel Magnoni, nutrólogo
David Uip, infectologista
Edson Borges, especialista em reprodução assistida
Fernando Maluf, oncologista
Freddy Eliaschewitz, endocrinologista
Jardis Volpi, dermatologista
José Alexandre Crippa, psiquiatra
Luiz Rohde, psiquiatra
Luiz Kowalski, oncologista
Marcus Vinicius Bolivar Malachias, cardiologista
Marianne Pinotti, ginecologista
Mauro Fisberg, pediatra
Miguel Srougi, urologista
Paulo Hoff, oncologista
Paulo Zogaib, fisiologista
Raul Cutait, cirurgião
Roberto Kalil – cardiologista
Ronaldo Laranjeira, psiquiatra
Salmo Raskin, geneticista
Sergio Podgaec, ginecologista
Sergio Simon, oncologista

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.