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Informação e análise
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Seis anos depois da tragédia, sobram dívidas da Vale, BHP e Samarco

Duas das maiores e mais lucrativas mineradoras foram interpeladas na Justiça por dívidas judiciais não pagas às vítimas do desastre de Mariana (MG), em 2015

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 out 2021, 08h30

O Ministério Público de Minas Gerais pediu à Justiça que obrigue as mineradoras Vale, BHP Billiton e Samarco a cumprir sentença judicial e paguem R$ 2,5 bilhões em indenizações às vítimas do rompimento da barragem de Mariana (MG).

O desastre aconteceu em novembro de 2015. Provocou a morte de 19 pessoas e poluiu a bacia do Rio Doce num perímetro de 630 quilômetros até o litoral do Espírito Santo.

A barragem era da Samarco, controlada pela Vale e BHP e que está em recuperação judicial. Seis anos depois, as empresas pagaram apenas um terço das indenizações previstas pela Justiça, alega o Ministério Público.

É notável que duas das mais lucrativas mineradoras do mundo sejam interpeladas em tribunais por dívidas judiciais não pagas, enquanto distribuem dividendos extraordinários, e legítimos, aos acionistas.

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Não é por escassez de dinheiro, certamente. Ano passado a Vale lucrou R$ 87,34 bilhões (antes de juros, impostos, depreciação e amortização), mais que o dobro dos R$ 42,31 bilhões de 2019. E o grupo BHP acaba de bater o próprio recorde de lucratividade na década, registrando cerca de R$ 90 bilhões no ano fiscal de 2021.

Numa conta de padaria, os sócios (50% cada) na desastrada Samarco embolsaram nos últimos 18 meses um volume de dinheiro 71 vezes maior que a dívida judicial pendurada em Mariana. E ainda deixaram um rastro de  630 quilômetros de prejuízos ambientais, naturalmente, incalculáveis.

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