“É importante deixar claro que a [decisão] das emendas, que estão dentro do Orçamento e que são da lavra do Parlamento, pertencem ao Parlamento. Na hora da execução [pagamento], há discricionariedade de quem indica e há também o carimbo. Tanto é que todas as TEDs [Termo de Execução Descentralizada, autorização governamental para gastos com obras] têm o nome do seu proponente, o DNA de cada um que indicou as ações no nosso ministério e, acredito, que nos demais da Esplanada”
(Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional, em entrevista ontem à repórter Geralda Doca, do Globo, sobre a reserva de R$ 8 bilhões no orçamento do próprio ministério em benefício de um grupo de parlamentares aliados ao governo — o acordo foi feito entre Jair Bolsonaro e líderes do Centrão, com a participação de Marinho)
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“Nunca roubei. Para ser sincero, não tenho um centavo sequer. Todo o meu dinheiro foi bloqueado. Hoje sou sustentado pela família. Agora, com a liberdade, preciso arranjar um jeito de sobreviver. Penso em um canal no YouTube sobre política. Também tenho espaços de lojas e talvez vá empreender. Estou ainda às voltas com meu segundo livro, que já tem até título: ‘Querida, Eu Voltei'”
(Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, em entrevista a Sofia Cerqueira, de Veja, ao completar uma quinzena de liberdade — sem tornozeleira eletrônica—, depois de cassado e condenado a 53 anos de prisão)