Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

José Casado Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por José Casado
Informação e análise
Continua após publicidade

Lula encontra no Nordeste um mundo muito mais complexo para o lulismo

Para o ex-presidente já não é possível arrebanhar multidões em comícios, indicar candidatos com o dedo e definir alianças regionais como sempre fez

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 ago 2021, 08h30

Lula vai ter um domingo ensolarado, com temperatura média de 26 graus em Fortaleza. Reservou o dia para descanso, depois de uma semana de périplo por cidades nordestinas.

Segue em viagem nesta semana. Mas, pelo que já viu, o mundo mudou desde sua prisão em 2018. E está muito  mais complexo para o lulismo.

Já não é possível, por exemplo, arrebanhar multidões em comícios, indicar candidatos com o dedo e definir alianças regionais da forma como sempre fez, mesmo atropelando aliados.

Em São Luís, por exemplo, viu-se diante dos aspirantes do PT, PDT e PSB, todos aliados do governador Flávio Dino (PSB). E, também, das alternativas adversárias do MDB do ex-presidente José Sarney, que o recebeu para jantar, na companhia da filha e ex-governadora Roseana e do ex-ministro Edison Lobão. Sarney foi o esteio de Lula no Senado, Roseana líder do governo e Lobão seu ministro de Minas e Energia. Toda vez que, em público, lhe perguntaram sobre quem apoiaria, esquivou-se: “Só em março”.

Significam sete meses de tempo para conversas. Para atravessá-los, julga necessário redobrar a cautela. A começar pela definição da própria candidatura. “Não decidi se vou ser candidato”, repetiu durante a semana em São Luís, em Teresina, no Recife e em Fortaleza. Ontem, na capital cearense, acrescentou: “Sendo ou não candidato, qualquer um que for para o segundo turno contra o Bolsonaro, eu votarei em qualquer um. Qualquer um é melhor do que essa coisa.”

Continua após a publicidade

No “qualquer um” incluiu Ciro Gomes, líder do PDT. O governo estadual é do PT, mas o PDT é que domina a maior parte do Estado, onde vivem 6,5 milhões de eleitores.

Ciro não perdoa Lula pela obstrução de suas chances em 2018, na disputa com Bolsonaro. Fez dele seu alvo preferencial. Só se refere ao ex-presidente como um político de ideias envelhecidas, antigo chefe de um governo “organicamente corrupto”. Lula finge não escutar, como quem aposta no tempo para uma reaproximação: “Ele diz o quer, eu digo o quero, e, quando um não quer, dois não brigam.”

O Ceará é outro exemplo de como o jogo político está muito mais complexo para o lulismo do que sugerem as pesquisas eleitorais no Nordeste, onde Lula se destaca com mais da metade das intenções de voto.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.