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Por José Casado
Informação e análise
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Lula e Bolsonaro só têm a agradecer aos adversários

Entretidos em brigas e vetos mútuos, os adversários deles perderam tempo e espaço na preferência dos eleitores, em um ano reduzido à metade

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 Maio 2022, 09h12 - Publicado em 29 Maio 2022, 09h00

É uma eleição sem precedentes, tem repetido o sociólogo Antonio Lavareda, do instituto Ipespe: nunca houve um presidente, no cargo, disputando a reeleição com um ex-presidente.

Jair Bolsonaro e Lula são reconhecidos por 98% do eleitorado. Essa é uma vantagem extraordinária que levam sobre os adversários.

Quando pesquisadores abordam eleitores nas ruas e perguntam em quem votariam para presidente, a lembrança dos nomes resulta no seguinte: Lula e Bolsonaro são citados espontaneamente por sete em cada dez entrevistados.

Define-se uma tendência ao duelo eleitoral, confirmada na sequência, quando o eleitor é convidado a escolher seu candidato preferido numa lista com mais de uma dezena de nomes.

A circunstância inédita e o peso específico de Lula e Bolsonaro são fato da vida, conhecido desde o início da temporada eleitoral.

Os adversários deles, no entanto, atravessaram todo esse tempo atrapalhados em vetos mútuos e brigas públicas.

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Se perderam no vácuo de uma eleição que tem outra característica relevante: para os partidos, candidato a presidente vale tanto ou menos que candidato a deputado federal.

A prioridade é eleger a maior bancada possível na Câmara, fator decisivo à sobrevivência à cláusula de barreira, ao acesso aos fundos públicos e na divisão do tempo de propaganda no rádio e na televisão.

Tempo perdido. Um ano atrás, Lula e Bolsonaro somavam 58% das intenções de voto. Em novembro, já detinham 67% e, nesta semana, chegaram a 79% no levantamento do Ipespe.

O espaço dos adversários deles equivalia a um terço da preferência dos eleitores em maio do ano passado. Está reduzido a 16%.

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(./VEJA)

Tomando-se como referência as respostas espontâneas, Lula tem 40% da preferência e Bolsonaro 30%.

Dos outros, apenas quatro nomes são lembrados: Ciro Gomes (4%), Simone Tebet (1%), André Janones (1%) e João Doria (1%), que desistiu.

Juntos, têm 7% da preferência. Isso equivale a 10 milhões de votos num eleitorado de 150 milhões.

Há outros 23%, ou 34 milhões de eleitores, que se declaram indecisos, projetam voto em banco, nulo ou, simplesmente, ainda não sabem quem escolher.

A quantidade de voto disponível é equivalente à de Bolsonaro, há um ano estagnado no patamar de 30% nas pesquisas.

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O espaço está cada vez mais reduzido para alternativas, mas a oposição a Bolsonaro e Lula continua entretida em vetos mútuos. Eles, certamente,  agradecem.

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