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Lula: “A sociedade brasileira perdeu a capacidade de se indignar”

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Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 jul 2022, 11h39 - Publicado em 8 jul 2022, 11h00

“É a primeira vez na história do Brasil que o Congresso Nacional se apodera do orçamento e tem o poder de liberar dinheiro, sequer sem falar com os ministros. Às vezes tem mais dinheiro do que o próprio presidente da República para fazer investimento. Isso nunca aconteceu na história do Brasil. Ou seja, o Congresso se apoderou do Orçamento da União (…) Nós vamos tentar fazer com que a sociedade participe do orçamento. Vamos criar uma plataforma para que a sociedade possa dizer qual é a obra importante que ele quer, se quer um campo, se quer uma praça, se quer universidade, se quer uma creche, se quer um presídio. Ou seja, vamos permitir que a sociedade discuta aonde vai o seu dinheiro e para quê vai ser utilizado o seu dinheiro. Eu não sei se é fácil fazer isso, mas nós vamos criar essa plataforma para ter o orçamento participativo feito pela sociedade brasileira (…) Porque senão você não cuida do povo pobre, não sobra dinheiro para o pobre, é sempre o rico chupando, chupando, chupando e para o pobre fica sempre o bagaço. Quando a gente vai discutir a política social, o que sobra é o bagaço. Não, a gente tem que discutir primeiro. Nós temos meta de inflação, ótimo. Nós queremos baixar os juros, ótimo, mas nós precisamos falar de política social. Política social, ninguém fala disso (…) Eu tenho feito reuniões, eu tenho feito vários jantares com empresários e eu faço porque eu gosto de discutir abertamente. E é o seguinte, na cabeça dessa gente não existe pobreza, não existe fome, não existe gente dormindo na rua, não existe gente dormindo na sarjeta, não tem criança morrendo de desnutrição. Essa gente só fala em teto de gasto [público], em política fiscal. Ou seja, eles não falam em política social, eles não falam em distribuição de renda, eles não falam em distribuição de riqueza. É uma coisa maluca, parece que eles vivem numa redoma de vidro em que o mundo gira em torno deles e dos interesses deles (…) Esses dias eu fiz reunião com alguns banqueiros importantes e eu falei: ‘Vocês não pensam no povo? Vocês não pensam na pobreza, vocês não pensam no povo que está na rua, vocês não pensam no povo, vocês só querem ganhar dinheiro?’ Ah, não, não. Na verdade é o seguinte: banqueiro não vota em mim, eu tenho certeza que não vota em mim (…) Muita gente fala: ‘Ah, não dá pra falar no Lula não porque esse Lula está muito bravo’. Estou bravo mesmo. Porque eu não posso aceitar a fome. Eu não posso aceitar uma criança pedindo esmola na rua, eu não posso aceitar num país que é o primeiro produtor de proteína animal do planeta Terra que uma mulher entre num açougue para ficar esperando um osso. Eu não me conformo (…) A sociedade brasileira perdeu a capacidade de se indignar. Nós precisamos estar indignados com o que está acontecendo com o Brasil. Esse país não precisa ter pessoas morrendo de fome, crianças desnutridas, esse país não precisa ter por que nós temos como fazer. O que precisa é colocar dinheiro na mão do povo, que aí o povo vai comprar (…) Vamos fazer um orçamento social. Ao invés de fazer o orçamento secreto para os deputados, vamos fazer um orçamento público para cuidar da pobreza desse país.”

(Lula, candidato presidencial do PT, a Mário Kertész, ex-prefeito de Salvador e radialista.)

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