Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

José Casado Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por José Casado
Informação e análise
Continua após publicidade

Bolsonaro traça rota de fuga em novo ato permeado pela ideia de derrota

Ele garantiu lugar na História como presidente que convocou delegações estrangeiras ao Palácio da Alvorada para descreditar o país que governa

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 jul 2022, 06h34 - Publicado em 19 jul 2022, 06h00

Pela segunda vez em quinze dias, Jair Bolsonaro usou a estrutura de governo para um ato de campanha de eleitoral permeado pela ideia de derrota nas urnas.

Na manhã de terça-feira (5), promoveu uma “reunião ministerial” com 26 participantes identificados — 21 ministros, o vice-chanceler, o advogado-geral da União, os comandantes do Exército, da Aeronáutica e o secretário-geral da Marinha.

Por quase três horas, em pleno expediente, servidores usaram dinheiro e um edifício público, o Palácio do Planalto, para tratar dos interesses privados, político-partidários, do chefe e candidato à reeleição.

Ontem, recebeu dezenas de embaixadores no Palácio do Alvorada, e repetiu o roteiro. Sem provas, como sempre, alegou fraude 75 dias antes do início da votação no sistema eleitoral pelo qual se elegeu nas últimas três décadas — sem contestações.

Continua após a publicidade

Por cerca de duas horas, apresentou-se num espetáculo inédito e tragicômico: passou à História como o presidente que convocou delegações estrangeiras ao palácio para descreditar o país que governa e que possui um histórico de sucesso na resistência institucional ao extremismo e ao autoritarismo.

Pior é difícil — esse adjetivo é adequado porque a palavra “impossível” não existe na vida política, como Bolsonaro tem demonstrado nos últimos três anos de mandato.

Fez sem justa causa e razão, notou o senador Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso.

Continua após a publicidade

Se expôs numa miríade de possíveis delinquências contra o Estado estabelecidas na legislação há 131 anos, desde que o marechal Deodoro da Fonseca, do Partido Conservador, assinou o primeiro Código Penal do regime republicano e federativo.

Desde o comício pela “volta do AI-5” no portão do Quartel-General do Exército, ano passado, adversários veem Bolsonaro seguindo um roteiro de sedição, plasmado na fracassada tentativa de golpe de Donald Trump, em exumação no Congresso americano. É possível e tem tudo para dar errado.

Objetivamente, o que traduzem a “reunião ministerial” do dia 5 e a de ontem com diplomatas estrangeiros é o  empenho do candidato do Partido Liberal em traçar uma rota de fuga eleitoral para a liderança da oposição. O problema comum nos planos políticos costuma ser a confusão entre o desejo e a realidade.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.