Jair Bolsonaro prometeu ontem a correção monetária da tabela de descontos do Imposto de Renda, caso seja reeleito.

Em 2018, ele fez essa promessa. Não cumpriu e, agora, há risco de taxação de ganhos acima de um salário-mínimo (R$ 1.212,00).

Candidato à reeleição, ele agora promete que, se reeleito, vai cumprir aquilo que prometeu em 2018 — e não cumpriu.

Bolsonaro foi além. Jogou a culpa na pandemia, que só aconteceu em 2020, no segundo ano de seu mandato: “Havia um compromisso nosso de mexer na tabela. Buscar uma atualização. Veio a pandemia. Aí, foi uma desgraça para a gente… Assim como muitas coisas, eu não consegui botar para a frente.”

Há “muitas coisas” que Bolsonaro prometeu e não “botou” adiante. Uma delas foi o compromisso eleitoral de mandar ao Congresso uma proposta de emenda constitucional acabando com a reeleição para presidente, governadores e prefeitos. Não cumpriu. Certamente, foi por causa de uma  outra “epidemia” — a do fascínio do poder.

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