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Por Piti Koshimura
Um olhar para o cotidiano da cidade olímpica
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Tóquio e a genialidade dos pictogramas urbanos: mais um legado olímpico

Adoção dos símbolos de formas simples revolucionou não só a comunicação não-verbal das Olimpíadas, mas também em cidades no mundo inteiro

Por Piti Koshimura
7 ago 2021, 09h56

Sucesso absoluto em performance conduzida na cerimônia de abertura desta edição, os pictogramas foram introduzidos à história das Olimpíadas nos Jogos de Tóquio de 1964. Sendo a primeira nação asiática a sediar o evento, o Japão tinha em mãos a desafiadora missão de sinalizar arenas, esportes, serviços, transportes públicos e demais equipamentos urbanos a pessoas vindas de mais de 90 países diferentes. Atravessando barreiras de idiomas, culturas e diferenças geracionais, a criação de desenhos objetivos e funcionais é considerada um marco na história do design gráfico.

Com formas simples e poucas cores, a adoção dos símbolos revolucionou não só a comunicação não-verbal presente nas edições subsequentes dos Jogos, mas também em cidades no mundo inteiro. Os clássicos pictogramas de banheiro feminino e masculino, por exemplo, estão entre o legado dos primeiros Jogos Olímpicos e Paralímpicos em Tóquio. Os designers Masaru Katzumie e Yoshiro Yamashita foram os criadores de 20 imagens representando esportes e de 39 símbolos adicionais, como cabines telefônicas, bancos e estações de primeiros socorros. A Aisaku Murakoshi coube a concepção de 24 pictogramas que sinalizariam pontos e rotas internas do aeroporto de Haneda, assumindo o importante papel de estabelecer a comunicação inicial entre as delegações e visitantes estrangeiros com o país anfitrião. Até hoje, Murakoshi, do alto de seus mais de 80 anos, considera a sinalização de Haneda o seu melhor projeto.

Com o passar do tempo e o surgimento de novas necessidades, os pictogramas se multiplicaram. Hoje, Tóquio ostenta símbolos nos mais diversos contextos: avisos sobre piso escorregadio, cuidado com a escada rolante, estacionamento de bicicletas, rotas de evacuação em caso de terremoto, acessibilidade a pessoas com deficiência, entre muitos outros. Um dos que mais gosto é o símbolo que indica banheiros públicos equipados para pessoas ostomizadas: uma pessoa com um sinal em formato de cruz na altura da cintura. Minimalista, elegante e eficiente — características do design japonês.

Piti Koshimura mora em Tóquio, é autora do blog e podcast Peach no Japão e curadora da Momonoki, plataforma de cursos sobre o universo japonês. Amante de arquitetura e exploradora de becos escondidos, encontra suas inspirações nos elementos mundanos. (@peachnojapao | @momonoki_jp)   

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