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Petrolão teria influenciado eleições desde 2006, diz advogado de Youssef

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 02h16 - Publicado em 23 jan 2015, 15h25

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O advogado Antonio Figueiredo Basto, que defende o doleiro Alberto Youssef, um dos 11 delatores da Operação Lava Jato, disse ao jornal Valor Econômico que o esquema de corrupção que desviou dinheiro da Petrobras nos últimos dez anos influenciou o resultado das eleições desde 2006, uma vez que irrigou campanhas políticas:

“A participação dos políticos e dos agentes públicos foi fundamental no esquema. Não dá para desviar o foco para empreiteiras e operadores. O esquema foi comandado por agentes políticos para a manutenção de grupos e partidos no poder. O esquema alterou os resultados das eleições de 2006, 2010 e possivelmente de 2014. Houve desequilíbrio no pleito.”

A declaração segue a mesma linha da defesa bombástica apresentada na quarta-feira à Justiça Federal do Paraná pelo vice-presidente da construtora Engevix, Gerson de Mello Almada, preso na sétima fase da Lava Jato:

“O custo alto das campanhas eleitorais levou, também, à arrecadação desenfreada de dinheiro para as tesourarias dos partidos políticos. Não por coincidência, a antes lucrativa sociedade por ações, Petrobras, foi escolhida para geração desses montantes necessários à compra da base aliada do governo e aos cofres das agremiações partidárias.”

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Outro delator, o executivo Augusto Mendonça Neto, da Setal, disse em depoimento que, por meio de doação de campanha ao PT, pagou propina ao ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, afilhado do mensaleiro também investigado agora José Dirceu. Neto disse ter doado R$ 4 milhões entre 2008 e 2011 ao PT a pedido de Duque como pagamento de propina para a realização de obras na refinaria do Paraná (Repar).

Ou seja: o caixa de campanha petista servia tanto para alavancar eleitoralmente os candidatos do partido (como Lula e Dilma) quanto para encobrir o pagamento de propinas para outros fins. Em ambos os casos, o esquema era – nas palavras de Basto – “feito para que o grupo que estava no poder se perpetuasse”. O Petrolão, de fato, não pode ser reduzido a um simples caso de corrupção de políticos que querem botar dinheiro no bolso (embora o seja também). Ele é, acima disso, um caso de golpe contínuo de Estado à moda bolivariana petista.

Felipe Moura Brasil – https://www.veja.com/felipemourabrasil

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