O guru esquerdista de Osama Bin Laden – Por que o terrorista se sentiria em casa no Brasil
Já imaginou se tivessem encontrado na estante de Osama bin Laden o nosso best seller O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota? Seria um escândalo, a prova definitiva de que a direita é radical, extremista, fanática, terrorista; e Olavo de Carvalho, o líder de uma seita internacional que inclui até a al-Qaeda. No entanto, sabe o […]
Já imaginou se tivessem encontrado na estante de Osama bin Laden o nosso best seller O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota?
Seria um escândalo, a prova definitiva de que a direita é radical, extremista, fanática, terrorista; e Olavo de Carvalho, o líder de uma seita internacional que inclui até a al-Qaeda.
No entanto, sabe o que encontraram no complexo paquistanês em que bin Laden se escondia quando foi morto pelas forças especiais americanas em 2011?
Livros digitais de esquerdistas como Noam Chomsky.
O Escritório do Diretor Nacional de Inteligência (ODNI) dos Estados Unidos desclassificou o material ontem – e a imprensa, claro, não deu a mínima para o conteúdo.
Como zombou o radialista mais ouvido dos EUA, Rush Limbaugh:
“Osama bin Laden estava lendo livros com títulos como ‘A desigualdade salarial na França’. Ele era um esquerdista. É alguma surpresa bin Laden ter sido um esquerdista?”
Nenhuma.
“Na verdade, há até um vídeo em que ele ensaia um discurso sobre a luta de classes e o despotismo do grande capital. Ele continua por cerca de 40 segundos e começa a se perder, até que desiste. Mas o cara era um redistributivista. Ele era um esquerdista típico.
Isso não vai render muita cobertura.
Toda a imprensa vai falar é sobre os documentos que mostram que ele ainda odiava a América e planejava ataques terroristas. Você pode imaginar se eles tivessem encontrado uma cópia de um dos meus livros lá dentro? Você pode imaginar? Essa seria a manchete. Mas como há livros de um bando de esquerdistas, hum, não é grande coisa.”
Pois é. Acontece que o próprio ódio a América e a obra de Noam Chomsky – não à toa recomendada pelo ditador venezuelano Hugo Chávez na ONU – têm tudo a ver uma coisa com a outra.
Dois dias antes da divulgação dos documentos de Bin Laden, João Pereira Coutinho escreveu sobre a recente passagem de Chomsky por Portugal, onde “defendeu as ideias de praxe: o Ocidente pode horrorizar-se com o terrorismo islamita. Mas não será o Ocidente, e em particular os Estados Unidos, o maior terrorista que existe? Por que motivo não condenamos os crimes do império americano com o mesmo vigor com que descemos o pau sobre os fanáticos jihadistas?”
O neurocientista Sam Harris teve de reduzir a pó os “argumentos” do guru esquerdista apontando, entre outras coisas, a “diferença moral significativa entre atacar para eliminar um mal objetivo, mesmo que esse ataque seja um erro ‘a posteriori’, e atacar em massa para infligir o maior dano possível a pessoas inocentes ‘a priori’”. A discussão está disponível, com exemplos, no site de Harris, que percebeu não haver espaço para nenhuma conversa racional com quem joga na mesma sacola Clinton e bin Laden, Bush e Hitler.
Ou seja: com Arnaldo Jabor.
No Brasil, lamentavelmente, ainda prevalece em escolas, universidades e jornais o antiamericanismo boçal de Chomsky.
Aqui, Osama bin Laden se sentiria em casa.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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