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Felipe Moura Brasil

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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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María Corina sofreu na pele com ditadura apoiada pelo PT na Venezuela. Ela apoia Aécio contra Dilma no Brasil

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 02h55 - Publicado em 8 out 2014, 05h28

Corina AécioDeu na coluna Radar, de Lauro Jardim, aqui na Veja.com:

María Corina Machado, ex-deputada venezuelana que perdeu o mandato por fazer oposição a Nicolás Maduro, escolheu seu lado nas eleições brasileiras. Impedida pela Justiça venezuelana de deixar o país, Corina enviou uma carta parabenizando Aécio pela ida ao segundo turno e declarando apoio à chapa tucana.

Não era para menos. Corina sofreu na pele com os parceiros do PT na Venezuela.

No dia 30 de abril de 2013, a parlamentar chavista Nancy Ascencio quebrou o nariz da deputada a chutes, enquanto estava caída na Assembleia Nacional. Ela teve de se submeter a uma cirurgia dois dias depois. Este vídeo mostra o momento da agressão e o cinismo da agressora. Este outro, a pancadaria geral na Assembleia. A foto abaixo mostra como ficou Corina. Para entender os motivos pelos quais ela é perseguida, basta vê-la levantando a voz contra o ditador Hugo Chávez – aqui; ou declinando os nomes e exibindo as fotografias das vítimas fatais do governo durante os protestos de rua no país – aqui. (Protestos, aliás, que este blog cobriu praticamente em tempo real).

maria-corina-nariz-quebradoEm abril de 2014, um ano após o episódio, a deputada cassada veio ao Brasil e mostrou como o governo Dilma era cúmplice da ditadura venezuelana. Ela falou perante a Comissão de Relações Exteriores do Senado, a convite de seu presidente, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), e do líder do PSDB, senador Aloysio Nunes Ferreira (SP).

Como descreveu o editorial do Estadão: Corina “cobrou dos países democráticos da América Latina uma postura mais crítica em relação às graves violações de direitos protagonizadas à luz do dia pelo regime chavista” e acrescentou que “não é possível falar em ‘diálogo’ enquanto o governo brasileiro der toda a atenção apenas a Maduro, reservando aos opositores do presidente uma olímpica indiferença – atitude que, nas palavras de María Corina, equivale a ‘cumplicidade’”.

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Os chavistas fascistoides brasileiros protestaram na Comissão, chamando-a de “golpista”, como se pode ver aqui. Já o senador e hoje candidato à presidência Aécio Neves (PSDB) prestou solidariedade à deputada com o pronunciamento abaixo, no qual também condenou a “omissão grave do governo brasileiro”. Destaco um trecho em seguida.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=DPiR_6vCmpw?wmode=transparent&fs=1&hl=en&modestbranding=1&iv_load_policy=3&showsearch=0&rel=1&theme=dark&w=620&h=349%5D

“Vemos o povo venezuelano como povo irmão. Por isso, a liberdade, a democracia, os direitos humanos que queremos para nós, e lutamos para que não se percam outra vez, queremos para os nossos vizinhos, o povo venezuelano. A causa de Vossa Excelência é a nossa causa. E nos preocupa imensamente a posição passiva, quase que de uma omissão grave do governo brasileiro que, pela importância econômica e demográfica que tem, até pelas relações que cultivou com o governo da Venezuela, deveria ter, ao nosso ver, a obrigação de ter uma palavra de autoridade na busca do resgate das prerrogativas do povo venezuelano e, em especial, dos representantes do povo venezuelano. Apenas a partir do respeito das liberdades é que vamos construir um tempo de maior justiça social e maiores avanços econômicos.”

Dilma-ditadura-democraciaAgora compare as palavras de Aécio com a nota de cumplicidade do PT que eu descasquei aqui no blog e com o discurso da presidente Dilma no mês anterior, comparando o massacre de inocentes a um mero “momento de estresse”:

“Sempre nós vamos procurar manutenção da ordem democrática. Vocês vejam que quando foi o caso do presidente Lugo, houve um momento de estresse, esse momento de estresse hoje foi superado com a perfeita inclusão do Paraguai com o novo presidente eleito democraticamente, presidente [Horácio] Cartes, que, inclusive será, necessariamente, pelo rodízio, o próximo presidente do Mercosul.”

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Diante disso, a oposição venezuelana ainda expôs o cinismo de Dilma espalhando o cartaz ao lado (explicado em vídeo aqui), que mostra como ela considerava ditadura o governo militar no Brasil, mas agora chama de democracia uma ditadura que comete os mesmos crimes e abusos.

Dá para entender o apoio de Corina a Aécio, não é mesmo? Como escrevi após a participação da deputada no programa Roda Viva (imperdível, assista aqui): Maria Corina é o oposto de Dilma – bonita, inteligente, articulada, clara, objetiva, elegante e patriota. Espera-se que Marina Silva siga o que puder de seu exemplo e confirme o apoio a Aécio também.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

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