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Felipe Moura Brasil

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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".

Como Obama ajudou a espalhar o terror pelo mundo

…e Arnaldo Jabor não viu

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 00h04 - Publicado em 20 nov 2015, 16h23

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Arnaldo Jabor escreveu em novembro de 2012 que Barack Obama era “um líder capaz de se haver com a complexidade política da época atual”.

O resultado da liderança de Obama se conta em cadáveres de inocentes.

O número de vítimas dos ataques do Estado Islâmico em Paris subiu para 130, após a morte de um dos feridos no hospital.

Com os 12 mortos em janeiro em decorrência dos ataques ao Charlie Hebdo, são 142.

A partir de 2010, com a retirada precoce das tropas americanas do Iraque, Obama permitiu o avanço e o crescimento do grupo terrorista, que então massacrou populações da região, sobretudo cristãs.

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Não satisfeito, Obama apoiou as forças traiçoeiras que se ergueram contra ditaduras na Primavera Árabe, fornecendo armas a rebeldes para derrubar Muamar Kadafi na Líbia e Bashar Al Assad na Síria.

Quando quatro americanos foram mortos em Bengasi pelas forças apoiadas e armadas por Obama, ele culpou um vídeo anti-islâmico do Youtube, embora seu governo já tivesse as informações de que se tratava de um ataque terrorista perpetrado por aliados da Al-Qaeda, como as investigações revelariam.

Este blog, antes mesmo de existir, já denunciava tudo isso, como mostram os trechos de antigos artigos meus, reunidos ao fim deste post. 

O EI, formado pela mistura de jihadistas da Al-Qaeda no Iraque com antigos funcionários da ditadura de Saddam Hussein, cruzou as fronteiras para a Síria e contou com a conivência de Assad, que viu na expansão do grupo uma forma de enfraquecer os rebeldes e de mostrar ao mundo que ele é um mal menor comparado à perspectiva de fundamentalistas islâmicos comandarem o país.

Os EUA e o Reino Unido continuam desejando a saída de Assad, ao contrário da Rússia de Vladimir Putin, que, além de bloquear resoluções contra o ditador aliado na ONU e de fornecer armamento para o Exército sírio, vinha atingindo com bombardeios os adversários dele, sendo terroristas ou não.

Entre os interesses de Putin, está o de proteger uma base naval crucial no mar Mediterrâneo, no porto sírio de Tartous, que serve de base russa para a frota do mar Negro.

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Com a confirmação de que o EI explodiu um avião russo, Putin reforçou seu apoio à França nos bombardeios aos redutos do grupo terrorista em Raqqa, na Síria, embora suas divergências de interesse com os EUA e o Reino Unido ainda mantenham incerto o futuro da região, mesmo com uma eventual vitória da nova coalizão sobre o terror.

Essa vitória não se dará apenas com ataques aéreos, mas Obama, claro, já se recusou a enviar tropas em terra e, de quebra, anunciou que manteria o programa de receber milhares de refugiados.

A oposição, felizmente, reagiu no Congresso.

Apesar da ameaça de veto de Obama, a Câmara dos Deputados aprovou na quinta-feira (19) um projeto de lei que dificulta a entrada de refugiados sírios e iraquianos nos EUA, já que o diretor do FBI, o secretário da Segurança Interna e o diretor de Inteligência Nacional terão de avaliar pessoalmente o pedido de asilo de cada um, para garantir que o refugiado não representará uma ameaça à segurança nacional.

A maioria não tem documentos, os EUA não têm informação a respeito deles, não há como consultar seus antecedentes na Síria, e o EI ainda pode treinar terroristas para que passem pelo processo de triagem.

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Sim: Obama abriu caminho para o terror no Oriente Médio e agora os republicanos tentam impedir que, com sua cumplicidade, os terroristas se infiltrem nos EUA em meio aos refugiados, como fizeram na Europa.

O secretário de Estado americano, John Kerry, ainda foi merecidamente esculhambado pelos republicanos por ter deixado escapar uma frase emblemática da ideologia do governo Obama.

Kerry disse que o ataque ao Charlie foi mais “legítimo” que os da semana passada em Paris.

Pelo menos havia uma “racionalização” para o ataque ao jornal satírico, amenizou ele em seguida – sem melhorar sua situação -, enquanto que os recentes foram “absolutamente indiscriminados”.

Kerry, na prática, justificou o terror por conta das charges que ironizavam o profeta Maomé, como se o direito de resposta dos ofendidos pudesse ser um massacre de vidas humanas com fuzis AK-47.

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Foi exatamente o que Obama fez ao culpar um vídeo anti-islâmico pelos ataques em Bengasi.

É por essas e outras que eu digo: se os EUA tivessem um presidente muçulmano radical confesso, dificilmente ele facilitaria tanto o trabalho do terror quanto Obama vem facilitando.

Mas não esperem que Jabor dê o braço a torcer.

******

2 de abril de 2011: 

“(…) ninguém leva a sério o Brasil.

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Neste sentido, a visita de Barack Obama foi, de fato, histórica. Dilma, Cabral e Paes devem agradecer. Se a intenção era propagandear nosso caráter bundalelê para o mundo, Obama foi insuperável.

Citou Pau Coelho e ‘Zorze Benzor’, exaltou nossas belezas naturais, assistiu às piruetas da capoeira, bateu uma bolinha na Cidade de Deus e, de quebra, autorizou o ataque das tropas americanas às forças militares de [Muamar] Kadafi [ditador da Líbia], sem consultar o Congresso.

Nenhum lugar do mundo seria tão estapafúrdio para o anúncio de uma guerra assim quanto o Rio de Janeiro. Nos EUA, os críticos ainda debocham das ‘férias’ do presidente por aqui. É como se, à simples menção da palavra ‘Rio’, a fama carnavalesca da cidade reforçasse a irresponsabilidade obâmica, e vice-versa. Para inveja de Lula, Obama elevou o Rio a um novo patamar de sonsice.

(…) Barack Obama é a cara do Brasil. Por isso mesmo, ninguém mais o leva a sério. (…) A sonsice com que conduziu a guerra na Líbia só fez aumentar a desconfiança.

O mesmo Obama que rejeitava a coalizão de 40 países na guerra do Iraque – autorizada pelo Congresso – celebra a aliança de 15 para as operações na Líbia.

O mesmo Obama que era contra a imposição da democracia no Oriente Médio defende a liberdade do povo para se expressar e escolher os seus líderes.

Se o objetivo de Obama é proteger o petróleo europeu, os rebeldes aliados da Al Qaeda, a Fraternidade Muçulmana, ou demais interesses que ele jamais ousaria confessar em público, a história dirá. O certo é que não se pode esperar critério e coerência de seu teleprompter” (a não ser na vigarice, é claro).

26 de outubro de 2012:

“(…) Que um governo assistencialista até a medula coloque a culpa do déficit público nos gastos militares, mesmo quando reduzidos percentualmente a menos da metade de outras épocas, é compreensível (e Arnaldinho Jabor que o diga). Que, para isso, tenha de fingir que ataques terroristas, quando muito, são coisas que dão e passam como um resfriado, sem deixar maiores sequelas, também. Que a imprensa mundial encubra a consequência mortal da política islâmica, digo, externa de Obama e continue culpando os investimentos bélicos de George W. Bush pela crise da economia, mais ainda. (…)”

[* Ver também meu artigo: “A ‘mãe’ de Obama“, de 18/10/2012.]

8 de novembro de 2012:

“1. Se Obama pediu que seus eleitores votassem por ‘vingança’, ninguém melhor do que Arnaldinho [Jabor] para traduzir de quem eles se vingam: ‘Se Obama ganhar, (…) teremos a felicidade de ver a derrota das famílias gordinhas dos boçais da direita, os psicopatas sorridentes de dogmas, seus hambúrgueres malditos, seus churrascos nos jardins e nas cadeiras elétricas (…), tudo sob um inferno de cânticos evangélicos e música country’.

Eu, que não sou gordinho nem como hambúrguer, já estou aqui com meu ‘sorriso de dogma’, meu jardim e meus playlists do Jotta A. e da Dolly Parton para alegrar Arnaldinho. Vou ver se seu ídolo, Fidel Castro, me aluga a cadeira elétrica, já que ele sempre preferiu ‘el paredón’.

2. Arnaldinho continua: ‘não veremos mais os meninos mortos voltando do Iraque como sanduíches embrulhados para viagem’.

É verdade (até porque Saddam Hussein está morto, graças a George W. Bush, esta ‘força do mal’…). Agora vemos embaixadores e oficiais mortos voltando de Bengasi embrulhadinhos para Obama, que preferiu deixá-los para trás a dar na vista que a Al-Qaeda, que ele dizia ter dizimado, ainda está a pleno vapor – e que o próprio governo lhe fornecia armas, em prol de outras aventuras. Se Bush era, para Arnaldinho, a ‘crueldade em nome da bondade’, Obama seria o quê? A ‘crueldade em nome da política’?

3. Não, não. No Planeta Jabor, Obama é ‘um homem sério e culto’, ‘um líder capaz de se haver com a complexidade política da época atual’, ‘uma espécie de síntese de virtudes políticas que almejamos: tolerância, inteligência contra a mentira, pela superação da guerra partidária, contra os lobbies, contra a tirania do petróleo, contra o efeito estufa’. Se Arnaldinho se esforçasse só um tiquinho para justificar cada elogio com as ações correspondentes, eu até respiraria fundo para refutar um por um. Mas aí não seria Arnaldinho, não é?”

25 de janeiro de 2013:

“Não é por outro motivo que Hillary [Clinton] perguntou ‘Que diferença faz’ se ela, Obama, Jay Carney e Susan Rice passaram semanas culpando pelo ataque [em Bengasi] um vídeo do Youtube crítico ao profeta Maomé.

Que diferença faz se o governo Obama, sob o pretexto de derrubar Kadafi, armou e financiou os terroristas que agora fazem a festa no Norte da África, com direito a churrasquinho de americanos na laje do consulado em Benghazi?

Que diferença faz se esses americanos pediram em vão mais segurança, antes e durante o churrasco, para não entrarem no espeto?

Que diferença faz, afinal, se Obama, Hillary e demais ‘democratas’ mentiram para o povo de seu país e do mundo, enquanto a reeleição do presidente estava em jogo?”

16 de maio de 2013:

“Um e-mail obtido pela rede ABC mostra que a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, orientou sua equipe a sumir com a menção às ameaças terroristas prévias: ‘Isso pode ser indevidamente usado por congressistas para atacar o departamento por não ter dado atenção aos avisos’, escreveu ela, com o intuito evidente de proteger o governo Obama em meio à campanha para a reeleição, durante a qual o presidente se vangloriava da morte de Bin Laden, como se a al-Qaeda e o terrorismo tivessem acabado ali. Mas isto é o que o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, chamou apenas de uma edição ‘estilística’…

(…) Abraham Lincoln dizia: ‘Você pode enganar algumas pessoas o tempo todo e todas as pessoas por algum tempo, mas você não pode enganar todas as pessoas o tempo todo’.

Hoje, com a cumplicidade da mídia, você pode enganar as pessoas por algum tempo (o suficiente para uma reeleição) e depois, caso as cobranças comecem a aparecer, você pode mentir à vontade e alegar, com a impaciência dos cínicos, que tal episódio:

– já aconteceu ‘há muito tempo’ (Jay Carney),

– ‘Que diferença faz a esta altura?’ (Hillary Clinton),

– ‘Não podemos deixar isto absorver toda a atenção do Congresso’ (Nancy Pelosi, que chama a coisa de ‘obsessão’ do Partido Republicano),

– ‘Caça às bruxas continua’ (senador Dick Durbin)

– e, last but not least — seguindo pela enésima vez a máxima ‘Acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é’ — chamar de ‘circo político’ (Barack Obama) a simples busca da oposição pela verdade.

E não se esqueça de dizer, antes de demitir um ou outro bode expiatório de menor alçada, que o mais importante é fazer o possível para que isto não aconteça de novo, como se o presidente não fosse também ele um empregado do povo, sujeito à demissão por negligências e fraudes criminosas de seu governo, sobretudo se distribuiu armas para rebeldes derrubarem um ditador e se depois esses rebeldes acabaram matando diplomatas americanos.”

25 de maio de 2013:

“A tragédia do outro lado do mundo acontece em plena e acirrada campanha do presidente para a reeleição. Durante semanas, altos funcionários de seu governo culpam um vídeo anti-islâmico do Youtube que teria motivado o sangrento ‘protesto’; e — apesar de uma série de e-mails e depoimentos provar que o governo:

(1) já sabia das ameaças terroristas,

(2) não reforçara a segurança da embaixada,

(3) fora informado em tempo real que se tratava de um ato de terror

e (4) negara socorro aos oficiais em perigo —,

a grande mídia nacional contribui para o acobertamento do caso durante 8 meses, revelando o escândalo somente depois de 6 meses da reeleição do presidente (muito embora ainda soubesse de antemão que, para derrubar os ditadores daquele país e de outro relativamente próximo, ele fornecera armas aos mesmos grupos rebeldes nada confiáveis que agora haviam assassinado quatro cidadãos do seu).”

[* Há até testemunha para confirmar.]

Outubro de 2013:

“Arnaldo Jabor, no Jornal da Globo: ‘Um dia vamos agradecer ao destino por Obama ter estado no poder.’ Jabor está atrasado: a Al-Qaeda e a Fraternidade Muçulmana já estão agradecendo há muito tempo.”

O Estado Islâmico também.

* Veja também aqui no blog (que estreou em dezembro de 2013):
Para Jabor, perigo vermelho no dos outros é refresco
– As mentiras de Obama sobre a guerra no Iraque
– O choro e o genocídio que Obama deixou acontecer
– O Brizola do mundo
– O perigo da cultura da “tolerância”
– Vídeo: George Bush avisou em 2007 sobre perigo de retirar tropas do Iraque. Obama ignorou e deu no que deu (Ver também: Em nome dos cadáveres)
– Vídeo: John McCain detona ex-porta-voz da Casa Branca na CNN sobre retirada de tropas do Iraque: “Os fatos são coisas teimosas”, como eu havia demonstrado neste blog
– UMA CAPA ÉPICA! Mídia detona Obama com seis anos de atraso! Presidente vai jogar golfe enquanto família de jornalista decapitado chora! Quanto tempo vai levar para a imprensa brasileira fazer o mesmo?
Dilma não é Charlie
– Vitória do terror na CNN e no New York Times: exibir capa do “Charlie” com Maomé está proibido; Cristo coberto de urina ou Maria de estrume, ok. Charges antissemitas, idem
– Obama não foi à Marcha de Paris, mas vai à Arábia Saudita, onde blogueiro recebe chicotadas por criticar Islã. Que tal aproveitar e tirar uma selfie no açoitamento público?
– Coerência na Marcha de Paris: Obama ausente, Netanyahu presente. A desculpa esfarrapada de Kerry para o primeiro e o pedido embaraçoso de Hollande ao segundo
– Os 10 xingamentos no blog e o policial muçulmano morto em Paris
– Ataque em Paris faz lembrar frase estúpida de Obama, mais irresponsável que ‘especialistas’ da Globo News
O preço de não ouvir os “coxinhas”: depois de permitir massacre, Obama manda 450 militares para o Iraque
– Por que Bush é mais popular que Obama: 52 a 49
– Vídeo: “Boas notícias para os cristãos decapitados”;
– Dilma contra “pessimistas”, Obama contra “cínicos” – e a realidade contra ambos;
Obama deu a vitória ao Irã. Veja 16 razões
Estado Islâmico promete exterminar os judeus: “Não vai sobrar um em Israel”
– Programa Contexto: Rebaixados e Refugiados [14 de setembro de 2015]
Terroristas matam com ajuda do politicamente correto [meu vídeo sobre ataques em Paris]
15 passos para o terror [o discurso asqueroso de Obama após ataques em Paris]
Depois do terror: ataques aéreos, perseguição, fuga, pânico, alarme falso, trapalhadas e…
Terroristas “tiraram vantagem da crise dos refugiados” para entrar na Europa, diz primeiro-ministro francês

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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