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Felipe Moura Brasil

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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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CEO da Volkswagen renuncia após escândalo de fraude. Dilma, não. Governo prefere maquiar a fraude

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 00h26 - Publicado em 23 set 2015, 13h49

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O CEO da Volkswagen, Martin Winterkorn, renunciou ao cargo nesta quarta-feira, na sequência do escândalo de adulteração do sistema de emissões de gases poluentes.

A empresa já perdeu mais de um terço do valor em bolsa em apenas dois dias, com quedas de 17% e 20% por cento; e, pelo terceiro dia consecutivo, continua a cair nos mercados financeiros.

Dilma Rousseff, na sequência dos escândalos de adulteração das doações eleitorais (em pixulecos) e das contas públicas de 2014, recusa-se a renunciar e permanece no cargo de suposta presidente do Brasil.

O dólar já atingiu nesta quarta-feira R$ 4,12, a maior cotação na história do Plano Real em meio às preocupações com o agravamento da crise política e econômica.

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Com a disparada, a dívida da Petrobras pode atingir 513 bilhões de reais ao final de setembro, cifra equivalente a 9,4% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) do país no ano passado.

Em vez de assumir as consequências pelas fraudes que levaram à reeleição, o governo propõe ao Tribunal de Contas da União (TCU) criar normas para evitar ‘pedaladas’, como se a Lei de Responsabilidade Fiscal já não existisse.

É a tática Sérgio Cabral de enrolar para sair impune.

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Em 2012, três semanas após a divulgação das primeiras imagens do então governador do Rio de Janeiro e alguns de seus secretários em passeios e jantares de luxo com o dono da construtora Delta, Fernando Cavendish, Cabral publicou no Diário Oficial uma nova versão do código de conduta de altos servidores, recomendando a partir dali “distância social” de fornecedores e prestadores de serviço.

O governo Volkswagen de Dilma Rousseff quer também um código de conduta para moralizar a si próprio após desmoralizar o país.

(Quando o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, diz, por exemplo, “Temos que tirar o foco desse assunto [pedaladas] da política”, o que ele está fazendo, obviamente, é a mais cínica política.)

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Em todas as esferas, essa gente continua emitindo gases poluentes muito acima da quantidade declarada.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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