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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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As supostas culpas de Janot, Cunha e Dilma Rousseff

Não tenho certeza alguma sobre a culpa de um acusado (Eduardo Cunha) que 4 vezes antes foi inocentado pelo mesmo delator (Júlio Camargo), que, por sua vez, foi pressionado por procuradores a entregá-lo, para não perder o abrandamento da pena. Não tenho como condenar os procuradores por exercer a pressão legítima sobre o delator, diante […]

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 00h53 - Publicado em 21 jul 2015, 20h43

Janot Cunha DilmaNão tenho certeza alguma sobre a culpa de um acusado (Eduardo Cunha) que 4 vezes antes foi inocentado pelo mesmo delator (Júlio Camargo), que, por sua vez, foi pressionado por procuradores a entregá-lo, para não perder o abrandamento da pena.

Não tenho como condenar os procuradores por exercer a pressão legítima sobre o delator, diante de indícios de omissão na citação de políticos, incluindo um ex-ministro do partido governante (José Dirceu).

Não condeno moralmente um PGR (Rodrigo Janot) que não pede investigação criminal contra uma presidente (Dilma Rousseff), citada apenas de forma indireta pelos delatores, se o próprio PGR pede investigação contra quem teria solicitado diretamente a propina (Antonio Palocci, João Vaccari Neto)… E se essa investigação resulta até em cadeia e delação, que poderá depois comprometer a mesma presidente.

Não tenho como sentenciar por enquanto que o PGR protege deliberadamente a presidente a despeito da lei (muito menos que age com ela em conluio), embora eu saiba que dá ibope apelar à sensação de impunidade do público, ignorando justificativas perfeitamente razoáveis, ainda que discutíveis.

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Não recrimino quem pressiona o PGR a investigar a presidente, embora lamente e considere injusta a sua condenação moral precipitada.

Não tenho certeza alguma sobre a culpa criminal da presidente nos casos de corrupção, embora tenha total certeza sobre a sua culpa política que lhe faz merecedora do impeachment.

Não tenho, por fim, a menor esperança de que leitores e analistas incapazes de conviver durante certo tempo com o estado de dúvida, de reconhecer virtudes até em quem desprezam, e/ou de entender que eventuais erros ou defeitos não são necessariamente provas de indecência, irão ao menos refletir a respeito de suas sentenças definitivas antes de reagir impulsivamente a essas palavras.

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Em todo caso, aí estão elas, para quem queria saber.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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