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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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As Farc desejam um Feliz Ano Novo pra você!

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 04h44 - Publicado em 30 dez 2013, 18h38

É mesmo comovente o espírito revolucionário dos miguxos do PT para o Réveillon:
 
(…) nós, os comandantes e combatentes das FARC-EP [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo], enviamos aos povos do mundo nossa revolucionária e bolivariana saudação de fim de ano.
 
(…) A crise do sistema capitalista é profunda e irreversível, a dispersão do setor popular contribuiu para prolongar sua agonia. É por isso que ao nos despedirmos de 2013, alentamos aos povos do mundo para não desfalecer na lucha [sic] comum contra o império e a injustiça. As condições objetivas para a superação dessa etapa histórica estão dadas. Falta que a subjetividade atui [sic] criativamente para acelerar as mudanças que nós, os oprimidos, devemos produzir. O socialismo segue sendo o destino de justiça da humanidade.
 
COMISSÃO INTERNACIONAL DAS FARC-EP
 
Montanhas da Colômbia, dezembro de 2013
 
https://farc-ep.co
 
Tradução: PCB Partido Comunista Brasileiro
 
Lindo, não?
 
I.
 
Primeiro, vamos ensinar aos tradutores comunistas do PCB (favor não confundir com PCdoB… quer dizer: pode confundir sim, que é tudo comuna) a conjugação e a grafia do verbo atuar no Presente do Subjuntivo:
 
que eu atue
que tu atues
que ele atue [mas pode ser “ela” também, ok? no caso, a “subjetividade”]
que nós atuemos
que vós atueis
que eles atuem
 
II.
 
Agora vamos mostrar aos “povos do mundo” o que “nós, os oprimidos” fazemos em Cuba, quando não estamos extorquindo, sequestrando, torturando, executando e aterrorizando o povo que juramos defender, mas do qual 90% nos rejeita (por culpa do Império, é claro):
 
FARC-Iate
Da esquerda para a direita, os comuno-terroristas das Farc “Iván Márquez”, Tanja Nijmeijer (“Alexandra”) e “Jesus Santrich”, entre um encontro e outro com os membros do Foro de São Paulo criado por Lula, desfrutam “la dolce vita” burguesa dos miguxos de Fidel, conforme tuitou o ex-presidente Álvaro Uribe em 3 de novembro e reproduziu e comentou a incansável Graça Salgueiro em seu blog Nota Latina no dia seguinte:
 
“[D]izem odiar o capitalismo, que a riqueza material é uma lepra e outras sandices… Entretanto, o que as fotos têm mostrado é um refinamento no vestir, no cardápio que agora desfrutam (falta todo tipo de gêneros alimentícios para os cubanos “a pé”, mas as visitas são servidas com lagosta, camarão, vinhos importados, e como não podia faltar, os melhores ‘puros’ Cohiba produzidos na ilha), além da casa que os hospeda, com campo de futebol, de golfe e piscina”.
 
[Ver também: Celebridades hipócritas de Hollywood – 2013.]
 
III.
 
Agora vamos mostrar O embuste ideológico“, título do artigo do filósofo Denis Lerrer Rosenfield no Globo, em cujo trecho final ele o explica:
 
(…) O embuste consiste no seguinte. O capitalismo não é comparado ao socialismo. Se isto fosse feito, a comparação, por exemplo, deveria ser entre a Alemanha capitalista e a socialista, ou ainda, entre a Coreia capitalista e a socialista. Os termos da comparação teriam parâmetros que serviriam de critério para qualquer avaliação.
 
A “comparação” é de outro tipo. Compara-se o capitalismo real, existente, com a ideia do socialismo, forjada por aqueles que lhe atribuem todas as perfeições. Ou seja, atribui-se ao socialismo todas as perfeições e, de posse destes atributos, passa-se a verificar se eles “existem” no capitalismo.
 
Isto é equivalente a comparar uma sociedade perfeita a uma imperfeita, ou ainda, a comparar o homem a Deus. É claro que o homem, com suas imperfeições, sairá sempre perdendo quando comparado a Deus. O mesmo destino teria a comparação entre uma sociedade perfeita (ideal) e uma imperfeita (real).
 
Mais curiosa ainda é a afirmação de alguns segundo os quais haveria plena compatibilidade entre socialismo e democracia, quando isto não se verificou historicamente em nenhum lugar. O socialismo no Poder se caracterizou pela tirania totalitária. O “pensamento” esquerdista, se é que se pode utilizar essa palavra, é totalmente capturado pelo dogma, esse repouso dos que se recusam a pensar. É o mundo das ideias descontroladas, que não podem ser verificadas empiricamente. Ora, só onde o capitalismo prosperou é que a democracia representativa foi consolidada e os cidadãos puderam usufruir da liberdade.
 
Há uma mentalidade religiosa, teológico-política, que guia a esquerda tupiniquim. Vive de “preconceitos” contra a economia de mercado e o direito de propriedade, postulando, como se fosse uma coisa teoricamente séria, a “utopia” ou o “socialismo” enquanto ideias “superiores” ao capitalismo. Na ausência de conceitos, contenta-se com diatribes contra o “neoliberalismo” e outras patranhas do mesmo tipo, como se fazer política residisse somente em enganar o próximo, em abusar da inteligência alheia.
 
[Ver também: Faça a sua parte: estude.]
 
Em suma: é preciso manter puríssimo e salvar o ideal socialista de todas as misérias e destruições que as ações em seu nome provocam, imputando-as ao capitalismo, ao cristianismo, à direita, ao “neoliberalismo” etc., enquanto a pulseirinha vip dos líderes de esquerda lhes garante um Open Bar de charutos cubanos em iates como os do Fidel, onde os povos do mundo, inclusive o do Brasil, não têm vez. Haverá “destino de justiça” melhor do que este para 2014?
 
Feliz Ano Novo, cambada!

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