“Especialistas” pró-Dilma dão show de bizarrice na comissão do impeachment
Só Bancada da Chupeta aplaude defesa do indefensável. Oposição detona discurso político

Cobertura em tuitadas desta terça-feira (atualizada às 19 horas):
– Folha: “Janot vai pedir investigação de Dilma e Lula na Lava Jato”. Quero saber é se tem peito de pedir a dela antes de Senado votar o afastamento.
– PGR descarta abrir inquérito contra Temer, citado só indiretamente (como comentei), mas pede investigação contra Lula e pedirá a de Dilma. #ChoraPT
(* Atualização de 23h: PGR já denunciou Lula e pediu investigação contra Dilma. Boa, Janot.)
– Recordar é viver:
– Depois do show de Júlio Marcelo na comissão do impeachment na segunda-feira, é duro aturar teatro petista na sessão desta terça. Mas vamos lá.
– Ricardo Lodi Ribeiro tentou igualar fraudes fiscais de Dilma a casos de governos que não as cometeram, como explicou Júlio Marcelo. Teatro.
– Ricardo Lodi Ribeiro tentou blindar Dilma, mas é da presidente a direção superior da administração federal, como prevê Constituição. Teatro.
– Sempre que governistas como Marcelo Lavenére falam em doutrina internacional (ou imprensa mundial, como Lindbergh), é só ladainha retórica.
– Marcello Lavenère repete truques de Cardozo e Lindbergh. Fala genericamente em jornais estrangeiros, “juristas” e presidentes (bolivarianos).
– Ninguém disse que impeachment vai resolver tudo. Marcello Lavenère, como qualquer petista, responde ao que ninguém disse.
– Ex-presidente da OAB, Marcello Lavenère é da Comissão Nacional de Justiça e Paz da CNBB. Aquela de Daniel Seidel, ex-candidato a deputado do PT.
– Marcello Lavenère faz comparação com ditadura, falando dos que reconheceram terem sido enganados. Povão reconhece que Dilma enganou, Marcelo.
– Marcello Lavenère faz defesa ideológica, citando economista francês Thomas Piketty, xodó da esquerda, e atacando “neoliberalismo”. Patético.
– Marcello Lavenère repete chavões petistas contra “mídia monopolizada” (a das estatais do PT?) e “a raiva e a intolerância” (das cusparadas?).
– Marcello Lavenère paga um mico tremendo: desafia senadores a responder qual entidade pediu impeachment contra Dilma. Eles respondem: OAB.
– Marcello Lavenère tentou contornar o vexame como um menininho mimado pego em flagrante: “Tá, mas, além da OAB, qual entidade?” Patético.
– Após argumentos técnicos do sereno Júlio Marcelo, discurso ideológico de esquerda do teatral Marcelo Levanère é ainda mais constrangedor.
– Só a Bancada da Chupeta aplaudiu Marcello Levanère.
– Geraldo Luiz Mascarenhas fala genericamente em “opinião aceita pela doutrina”. Todas essas alegações genéricas são apenas truques retóricos.
– Ricardo Lodi Ribeiro repete mentira já refutada por Júlio Marcelo de que TCU mudou entendimento sobre decretos. É nisso que dá faltar aula.
– PT inventou a meta estabelecida após prazo para cumpri-la. Experimente, leitor: trace metas para 2016 em dezembro e celebre tê-las cumprido.
– Simone Tebet (PMDB-MS) diz que não pode aceitar que (suposto) direito estrangeiro possa prevalecer sobre direito nacional. Óbvio dos óbvios.
– Simone Tebet (PMDB-MS) esculhamba discurso político dos “especialistas” que defendem governo falando em “classe dominante”. Grande momento.
– Simone Tebet (PMDB-MS): “Não consegui me convencer de que Plano Safra não é operação de crédito”. Não precisa, Simone. Você está ótima.
– Ricardo Ferraço (PSDB-ES): “O que nós ouvimos aqui, me perdoe: são barbaridades”. O petismo não produz outra coisa, Ferraço.
– Ferraço: “Esses fatos (crimes de Dilma) são continuados, acontecem desde 2013, atravessaram 2014 e (estiveram) presentes em 2015″.
– Bancada da Chupeta atacou Júlio Marcelo o tempo todo; hoje reclama da mera reclamação de Ferraço contra bravatas de Marcelo Lavenère. #Chora
– Ferraço (PSDB-ES) esculhamba “cantilena enfadonha de que estamos participando aqui de uma farsa”. É o processo legal. Choro é livre.
– Incurável, Marcello Lavenère põe palavras na boca de Ronaldo Caiado (DEM-GO) e é chamado à atenção pelo presidente Raimundo Lira. Ai, ai, ai.
– Lindbergh Farias (PT-RJ) reclama do tempo de Caiado quando o senador do DEM exibe o gráfico das fraudes fiscais. Morre de medo da prova do crime.
– Marcelo Lavenère chega ao cúmulo de dizer que o gráfico das fraudes fiscais é a prova de que o governo está agindo certo. Que faaaase!
– Marcelo Lavenère diz que dívida das fraudes fiscais foi para programas sociais. O fato: só parte ínfima foi. O grosso foi para grandes empresas.– Marcelo Lavenère é do nível patético de petista universitário que culpa FMI e “grandes magnatas” por tudo. Grande magnata é Lula, Marcelo.
– Álvado Dias (PV-PR) lamenta “mistificação” e “em alguns momentos até o cinismo” dos “especialistas” pró-Dilma. “Alguns”? Pegou até leve.
– Marcelo Lavenère, em seu discurso tresloucado, acabou admitindo dívidas do governo e, como apontou Caiado, reforçando discurso da oposição.
– Marcelo Lavenère mostrou a verdadeira face do PT ao falar do governo que não teme se endividar. Sim: comete fraudes em nome da “democracia”.
– Álvaro Dias: Quem foi para a rua não foram entidades, foi a população. Exato. Mas PT só reconhece a população que recebe mortadela do governo.
– Geraldo Luiz Mascarenhas agora chama crime de responsabilidade de “crime de impeachment”. “Especialistas” estão perdidos.
– Aloysio Nunes (PSDB-SP), que participou da luta armada, detona ladainha ideológica de Lavenère: “O Brasil mudou. O senhor precisa se atualizar.”
– Atualizar-se, no caso de Lavenère, significa entrar para o universo da realidade.
– Marcello Lavenère confessa: “Sou um militante da causa social, me considero um militante da luta por essa democracia.” Lê-se: socialismo.
– O que PT chama de “democracia” é regime de aparelhamento e assalto do Estado que promete ao povo igualdade de resultados, não de oportunidades.
– Marcello Lavenère: “Nós não podemos sofrer um retrocesso na democracia.” A verdadeira democracia mostra apenas sua pujança com o impeachment.
Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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