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Tim Burton sobre ‘Batman’: ‘Fui o primeiro a mostrar o lado dark do herói’

Cineasta fala a VEJA sobre o filme dirigido por ele que moldou o futuro do personagem no cinema

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 Maio 2022, 10h41

Muito antes de Robert Pattinson encarnar o Batman em sua versão emo, de feição cabisbaixa e franja caída, Michael Keaton assumiu, em 1989, o figurino do famoso herói da DC Comics. Sob a direção de Tim Burton, o filme Batman desafiava todas as lógicas de mercado da época. A começar pela popularidade instável do Homem-Morcego, que não ia bem nas vendas dos quadrinhos nem nas séries adaptadas para a TV nos anos 70. Segundo porque Keaton era, na década de 80, um ator de comédia, e Burton, um estranho cineasta em início de carreira. Curiosamente, essa estranheza, mais tarde, deu ao filme o tom que moldaria a história do herói até os dias de hoje. 

“Quando eu fiz Batman era uma coisa nova na época. Super-heróis não faziam sucesso nos cinemas e nem eram levados a sério. Fui o primeiro a entrar nessa seara humanizada e a mostrar o lado dark do herói”, disse Burton a VEJA em entrevista. “Foi muito interessante na época, porque era uma abordagem diferente.”

Para além de trazer o Batman para uma versão mais sombria, flertando com o terror psicológico, Burton acertou na condução de Jack Nicholson à respeitadíssima encarnação do Coringa – vilão que, décadas depois, ganharia a companhia de interpretações memoráveis, como a de Heath Ledger e Joaquin Phoenix. Na sequência de 1992, Batman: O Retorno, Danny DeVito como Pinguim cravaria de vez a relevância dos antagonistas de Batman, personagens que, muitas vezes, roubam a cena do herói.

Jack Nicholson como o Coringa em 'Batman' (1989) -
Jack Nicholson como o Coringa em ‘Batman’ (1989) – (//Divulgação)
Michelle Pfeiffer e Danny DeVito em 'Batman: O Retorno' (1992) -
Michelle Pfeiffer e Danny DeVito em ‘Batman: O Retorno’ (1992) – (//Divulgação)

Ao analisar o mais recente filme da franquia, com Pattinson no protagonismo, Burton ironiza. “Apostamos numa versão sombria do Batman, mas, pelo jeito, dava para ficar ainda mais sombrio”, disse o diretor. Quando questionado se teria interesse em voltar à direção do prolífico mundo dos super-heróis, Burton descarta. “Não penso nisso, não tenho planos para um projeto do tipo agora.” 

Atualmente, Burton se dedica ao lançamento da série Wednesday, original da Netflix sobre a filha adolescente da Família Adams, que estreia este ano, e à futura sequência de Beetlejuice: Os Fantasmas se Divertem. Neste domingo, o diretor inaugurou uma nova temporada da mostra imersiva A Arte de Tim Burton: A Beleza Sombria dos Monstros, na Oca, no Parque Ibirapuera, em São Paulo.

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