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‘Sorry, Baby’: a cineasta que expõe seu trauma acachapante na tela

No sensível filme, a diretora, roteirista e atriz Eva Victor mistura drama e humor ao narrar um processo de cura

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 dez 2025, 08h00

Durante o isolamento da pandemia, a atriz americana Eva Victor, que na época fazia parte do elenco da série Billions, assistiu a muitos filmes como forma de se sentir menos só. Com isso em mente, escreveu um roteiro sobre uma mulher que tenta superar um trauma. A escrita era uma maneira de ela própria lidar com a ferida emocional de um abuso sexual sofrido no passado, sobre o qual ela nunca havia falado. Se o roteiro se tornasse um filme, talvez outras pessoas que também passaram por algo parecido se sentissem menos sozinhas. Ela enviou o texto à produtora do cineasta Barry Jenkins, vencedor do Oscar por Moonlight, que não só tirou o projeto do papel como incentivou Eva a tornar o longa ainda mais pessoal: assim, a jovem de 31 anos virou diretora, roteirista e protagonista de Sorry, Baby (Estados Unidos/Espanha/França, 2025), que entra em cartaz nos cinemas brasileiros na quinta-feira 11.

Premiado no Festival de Sundance, principal vitrine da produção independente mundial, e aplaudido em Cannes, Sorry, Baby oferece um olhar sensível sobre o peso causado pela consciência do trauma — um turbilhão que mistura desde culpa, dor e raiva até lapsos de ironia e uma inadequada compaixão pelo agressor. Na trama, Agnes (papel de Eva) conta com a amizade de Lydie (Naomi Ackie), que no início do filme a visita num inverno gélido nos arredores de Boston. Lydie terminou a universidade ali e se mudou para Nova York, onde está casada, trabalhando e planejando uma família. Já Agnes está estagnada. Arrumou um emprego na mesma faculdade de Letras onde se formou e continua na casa que antes dividia com Lydie. Algo de ruim aconteceu com Agnes, mas as duas não falam abertamente a respeito.

Dividido em capítulos, o filme volta no tempo para o “ano do acontecimento ruim” — que explica, como anunciado, o que aconteceu a ela. A falta de linearidade cronológica da narrativa tem a ver com a ideia de que o tempo é relativo na mente de quem convive com um trauma. Em um momento mais adiante da história, ela desabafa com um desconhecido e revela que se passaram três anos desde o tal acontecimento. O homem pondera: três anos pode ser muito tempo ou pouco, a depender de cada um.

Eva, que iniciou a carreira com esquetes de humor na internet, balanceia com destreza momentos engraçados com outros mais dramáticos. Ela também fez uma escolha essencial, que é deixar claro o que acontece à protagonista, mas sem mostrar de forma explícita o ocorrido. Assim, a trama não joga luz sobre o agressor, mas, sim, na vítima, e em como ela lida com o que aconteceu. No processo, Agnes vai reaprender a confiar em si e no próximo, terá altos e baixos e vai, até, adotar um gatinho como suporte emocional. Feridas de impacto profundo também podem cicatrizar.

Publicado em VEJA de 5 de dezembro de 2025, edição nº 2973

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