Diretor de ‘Eu, Robô’ acusa Elon Musk de plágio em design de invenções
Alex Proyas pediu que o magnata da Tesla "devolvesse" seus designs após evento que revelou novas invenções da empresa
Conhecida pelas invenções de design futurista, a empresa automotiva Tesla costuma estar cercada de polêmicas por conta do CEO Elon Musk e de falhas apontadas em seus produtos. Nesta quinta-feira, por exemplo, o magnata apresentou ao mundo um robotáxi que promete transportar passageiros sem motorista, volante ou pedais, mas desagradou o mercado por falta de detalhes e perdeu 66 bilhões de reais pela baixa nas ações. Não só, os produtos exibidos na noite excederam o universo tecnológico e causaram incômodo entre cinéfilos, em especial o robô Optimus, eletrônico antropomórfico que serviu de garçom na noite. Para Alex Proyas, diretor de Eu, Robô (2004), essa e outras invenções não passavam de plágio de seu trabalho.
Via X, antigo Twitter, o cineasta publicou uma imagem que compara três designs da empresa com cenas do filme estrelado por Will Smith. São elas o robotáxi, a robovan e o dito robô, que se assemelha à força-tarefa autônoma do filme pela mistura de placas brancas com articulações metálicas. Junto à foto, Proyas escreveu: “Ei, Elon, posso pegar meus designs de volta, por favor?”. Musk ainda não respondeu ao diretor, mas a conta oficial da Tesla já havia assinalado a semelhança em setembro, quando anunciou seu evento com a frase “Nós, robôs”.
Hey Elon, Can I have my designs back please? #ElonMusk #Elon_Musk pic.twitter.com/WPgxHevr6E
— Alex Proyas (@alex_proyas) October 13, 2024
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Distopia crítica
Em Eu, Robô, baseado no livro de Isaac Asimov, Proyas representa uma sociedade tomada pela presença de Inteligência Artificial, utilizada em máquinas que trabalham como empregados e assistentes de humanos. Um código embrenhado na programação dos robôs impede que eles se revoltem contra os líderes de carne e osso, mas, quando um assassinato suspeito aponta sangue nas mãos de um sintético, um detetive preconceituoso passa a acreditar que a programação dos ajudantes foi reconfigurada.
Apesar do conteúdo da obra, Proyas não é crítico à Inteligência Artificial, tendo declarado que a vê como ferramenta construtiva para o cinema independente: “Não aceito o argumento de que a IA é plágio. Você não precisa dela para plagiar! Já fui copiado muitas vezes, é do ser humano”, disse em entrevista ao portal Novastream. Atualmente, ele trabalha na pré-produção de mais uma ficção científica, R.U.R.
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