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Por Raquel Carneiro
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Com ‘Elvis’, Festival de Cannes 2022 vira balada roqueira

Filme musical do purpurinado Baz Luhrmann fez sucesso no evento francês, que ainda exibiu documentários sobre David Bowie e Jerry Lee Lewis

Por Jennifer Queen, de Cannes
Atualizado em 27 Maio 2022, 19h17 - Publicado em 27 Maio 2022, 17h21

O rock se impôs como o grande protagonista da 75ª edição do Festival de Cinema de Cannes. Jerry Lee Lewis: Trouble in Mind, de Ethan Coen, sobre o músico americano do título e pioneiro do gênero, fez a plateia mexer os pés embaixo da cadeira durante sua exibição. Dias depois, Moonage Daydream, de Brett Morgen, documentário sobre o camaleônico David Bowie, foi ovacionado por vários minutos, se revelando um dos momentos mais altos da festa até agora.

A expectativa em torno de Elvis, de Baz Luhrmann, que estreou na noite de quarta 25, era bastante alta. A abertura longa, vibrante e colorida, promete não um filme, mas um clipe de duas horas – como muitas das produções do cineasta amplamente conhecido por Moulin Rouge. A produção entrega exatamente isso: um espetáculo, com tudo de bom e ruim que pode trazer consigo. A carreira de Elvis é contada sob a perspectiva do Coronel Tom Parker, agente do artista, figura controversa que o teria impedido de fazer turnês internacionais, e supostamente embolsava metade de todos os ganhos dele. Em algum momento das mais de duas horas de projeção, o espectador nota que Parker é na verdade Tom Hanks coberto de muita, mas muita maquiagem – o que torna difícil acreditar no personagem. O próprio Hanks disse em coletiva que aceitou fazer o papel antes de saber como era Parker fisicamente.

Parker, pseudônimo de Andreas Cornelius van Kuijk, justificaria um filme inteiro, mas Elvis não se aprofunda na história nem de um nem do outro. Mesmo a música do artista não ocupa as cenas do filme inteiramente. Com uma ligeira insistência em Suspicious Minds, em especial no refrão Caught in a Trap, os trechos musicais são apressados, como se Luhrmann quisesse passar logo para o próximo take.

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Na pele de Elvis Presley, Austin Butler, o ator de Era Uma Vez em Hollywood, é a melhor coisa do filme. Com todo o requebrado que rendeu ao artista o apelido de “Elvis the Pelvis”, ele entrega logo nas cenas iniciais a promessa do Coronel Parker: fazer a audiência sentir algo diferente, que ainda não sabe como classificar.

Depois da coletiva de imprensa, jovens nascidos bem depois de 1977, ano da morte de Elvis, gritavam ensandecidos por Cannes o nome de Butler. Elvis Presley ainda vive em quem consegue reproduzir, mesmo que parcialmente, o que ele representou.

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