“Dizem que, quando você está para morrer, vê sua vida desfilar diante dos olhos. Isso acaba de acontecer comigo”, disse Harrison Ford, emocionado, depois de um clipe do Festival de Cannes com cenas de alguns de seus mais de 70 filmes. A homenagem fez parte da estreia de Indiana Jones e a Relíquia do Destino, quinto filme da franquia iniciada em 1981. Ao fim da exibição, aplausos de mais de cinco minutos deixaram Ford visivelmente emocionado, com lágrimas nos olhos.
As primeiras cenas da superprodução são quase um complemento do tributo. O ano é 1939, e Ford aparece rejuvenescido em mais de duas décadas, graças à combinação entre inteligência artificial e as milhares de imagens de Ford nos arquivos da LucasFilm. O arqueólogo Indiana Jones foi capturado pelos nazistas junto ao parceiro e professor Basil Shaw. Numa sequência com o DNA todinho do Indiana Jones, eles roubam a Antikythera de um trem cheio de antiguidades. Criada por Arquimedes, a Relíquia do Destino permitiria controlar espaço e tempo, motivo pelo qual seu inventor a quebrou em dois, escondendo a segunda metade.
Um salto leva o filme ao tempo presente no qual a trama se passa, os anos 60, com Apollo 11 e a conquista do espaço. Jones é um professor de arqueologia às vésperas da aposentadoria, e depois do reencontro com a afilhada Helena Shaw, brilhantemente interpretada por Phoebe Waller-Bridge (Fleabag), volta à ativa, numa viagem que vai de Tanger à Sicília dos tempos romanos. Helena está obcecada com a Antikythera, e quer encontrar sua segunda metade a qualquer custo. Do outro lado, o ex-nazista Júrgen Voller, em papel do excelente Mads Mikkelsen. Após a II Guerra, Voller mudou de nome e é o principal engenheiro por trás do sucesso de Apollo 11. Com a Antikythera, ele quer voltar no tempo e garantir que o nazismo não sairá perdendo, mesmo que para isso precise matar Hitler. O filme estreia no Brasil em 30 de junho.