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Por Flávio Ricardo Vassoler
Um olhar para o cotidiano histórico e cultural da Rússia - mas muito além do futebol
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Se Moscou era o cérebro soviético, Stalingrado era o coração (Parte Final)

A vitória em Stalingrado permitiu ao Exército Vermelho usar estratégias parelhas na sequência da Grande Guerra Patriótica

Por Flávio Ricardo Vassoler
Atualizado em 30 jul 2020, 20h24 - Publicado em 4 jul 2018, 07h14

Continuemos a caminhar entre as memórias e os escombros do Museu-Panorama da Batalha de Stalingrado.

Antes da batalha, houve um enorme fluxo de pessoas de outras regiões já acossadas pela guerra para Stalingrado. No fim de agosto de 1942, 450.000 pessoas (sobre)viviam na cidade.

Com o recrudescimento da ofensiva nazista, os civis passaram a morrer como moscas. Em fevereiro de 1943, quando a batalha chegou ao fim, apenas 32.000 pessoas ainda estavam vivas.

O museu apresenta alguns pertences dos civis, tais como dois ícones ortodoxos entalhados em madeira. (A despeito de o ateísmo de Estado impedir a liberdade religiosa na URSS, quando da invasão nazista Stálin mandou reabrir as igrejas que a Revolução Russa de 1917 interditara para conquistar o coração do povo em favor da defesa sagrada da pátria.)

Em um dos ícones, vejo um santo calvo e de barba branca e hirsuta, com o indicador e o dedo médio destros assentados sobre o polegar (Pai, Filho e Espírito Santo). Ornado com mantos coloridos, a policromia do santo destoa do segundo ícone, cuja imagem fosca e desgastada tenta representar Maria e o pequeno Jesus.

Ícones ortodoxos encontrados entre os civis de Stalingrado (Flávio Ricardo Vassoler/VEJA.com)

A não ser que façamos parte de alguma igreja ou movimento religioso cuja liturgia procure se capilarizar até aspectos bem micrológicos do cotidiano, a reprodução rotineira da vida nas sociedades ocidentais (ou ocidentalizadas) tende a se distanciar das premissas espirituais. Entretanto, momentos de suma crise esgarçam a indiferença ateia e/ou agnóstica e fazem com que a busca de respostas para perguntas últimas se imponha diante de fraturas e perdas irremediáveis. Meu Deus, por quê?! Com que sentido, meu Deus!?

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Imaginemos, então, o percurso de tais ícones ortodoxos do mais obscuro esconderijo, quando da perseguição antirreligiosa na União Soviética, à sua disposição cotidiana sobre pequenos altares e cômodas nos quartos, no momento em que a guerra irrompe. Por fim, quando a guerra deixa de ser um temor longínquo e começa a cuspir seus estilhaços através das janelas, os ícones se perdem em meio à fumaça das explosões – as súplicas desesperadas a Deus e a seu séquito de santos assumem, então, um caráter verdadeiramente íntimo, já que elas precisam ser atendidas aqui e agora. Em sua pregação, Cristo sentencia: “Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, te recompensará” (Mateus, 6:6). Ocorre que, em Stalingrado, já não há quartos ou portas. O segredo entre os escombros é a tônica, já que qualquer ruído indevido pode implicar a morte imediata. É preciso rezar para dentro – a fratura da guerra aproxima Deus da intimidade mais recôndita de todos e cada um de seus fiéis. Diante da completa perda de sentido para a vida devido a fraturas incontornáveis, Deus não pode ficar em silêncio. A fratura da guerra, então, faz com que nossas orações apontem os dedos para Deus como baionetas em riste.

Em meio à batalha, alguns artistas destemidos – escritores, pintores e cinegrafistas – acompanham os combatentes do Exército Vermelho para retratar seus esforços.

Valentin Orliankin é muito respeitado e querido pelos soldados – o cinegrafista não procura tomadas apenas nas breves tréguas da batalha. Ele coloca a própria vida em risco para que os soviéticos conheçam o heroísmo da resistência e saibam por quem os sinos dobram.

Em reconhecimento à bravura e ao ímpeto artístico e patriótico de Orliankin, os soldados decidem presenteá-lo com um violino – consta que o musicista diletante Valentin Orliankin tentava transformar os ruídos das ogivas e dos caças em acordes de suas composições atonais.

Violino ofertado ao cinegrafista Valentin Orliankin pelos soldados soviéticos que combateram em Stalingrado (Flávio Ricardo Vassoler/VEJA.com)

Relatos de inúmeros soldados dão conta de que, nos momentos mais tétricos dos bombardeios, o cinegrafista/maestro Valentin Orliankin tentava reger a sinfonia das bombas cadentes, a céu aberto, com a batuta de sua câmera.

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Ao fim e ao cabo, as tomadas de Orliankin compuseram o documentário The City that Stopped Hitler: Heroic Stalingrad, com direção de Leonid Varlamov (1907-1962) e lançamento na Suécia, país que se declarou neutro durante a Segunda Guerra, em 14 de maio de 1943, apenas 3 meses após a vitória soviética em Stalingrado.

A partir de novembro de 1942, as forças soviéticas deixam de se ver acuadas e passam a lançar poderosas contraofensivas para cercar os 330.000 combatentes alemães lotados na cidade.

Nos primeiros dias de 1943, o generalato soviético prepara uma ordem com os termos da capitulação incondicional a ser entregue para o Marechal-de-campo Friedrich Paulus, comandante das tropas alemãs.

O Museu-Panorama da Batalha de Stalingrado me apresenta, então, duas verdadeiras relíquias: (i) o trompete que um lugar-tenente soviético entoou, em pleno campo de batalha, para avisar aos inimigos alemães que (ii) a ordem de capitulação estava a caminho.

Prateado e algo fosco (provavelmente devido à oxidação), o trompete acanhado não parece estar à altura da enorme importância histórica de seus acordes.

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Trompete do lugar-tenente do Exército Vermelho que levou a ordem soviética de capitulação para o oficial alemão Friedrich Paulus, em Stalingrado (Flávio Ricardo Vassoler/VEJA.com)

O ruflar dos tambores e o ribombar das tubas e trompetes só não são mais onipresentes nas batalhas do que os gritos de guerra – a música bélica, sobretudo em seu clamor instintual, liberta a besta-fera enjaulada pela civilização.

Ainda assim, o compasso viril do trompete, prenúncio e espada da guerra, deverá mediar as tratativas de paz em Stalingrado. (A mão que fere é a mesma mão que deve curar.)

As ordens de Adolf Hitler para seu subordinado Friedrich Paulus são tão claras quanto furibundas: não deve haver quaisquer negociações para a capitulação das tropas alemãs. É preciso lutar até o último homem.

Na radical reviravolta provocada pela batalha em Stalingrado, Hitler já começa a sentir o gosto podre de sua ideologia, uma vez que o suposto Übermensch (super-homem) ariano não consegue derrotar o Untermensch (sub-homem) eslavo.

No livro Era dos extremos (1995), o historiador britânico (de origem egípcia) Eric Hobsbawm (1917-2012) comenta que um grande contingente da população de países como a Bielorrússia e a Ucrânia chegou a receber os invasores nazistas como verdadeiros libertadores, uma vez que os alemães logo restabeleceram a propriedade privada no campo e acabaram com a política de coletivização forçada da agricultura, que, a partir do primeiro plano quinquenal de Stálin, entre o fim da década de 1920 e o início dos anos 30, alastrara a inanição como uma epidemia a dizimar milhões e milhões de camponeses.

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Para o radical desencanto de tais populações eslavas, no entanto, as terras amealhadas a leste se destinavam ao novo baronato alemão; ademais, o tratamento brutal que lhes foi dispensado pelos invasores só fazia referendar a noção de que, muito longe de serem libertadores, os nazistas eram carrascos ainda mais odiosos do que os estalinistas. Tudo isso municiou a simpatia de tais populações pela causa do Exército Vermelho – os partisans (rebeldes paramilitares) que sabotavam as tropas alemãs e lhes infligiam grandes danos materiais e morais encontravam esconderijos e repastos preciosíssimos entre tais eslavos.

Seguindo os decretos draconianos (e cada vez mais contrafactuais) do Führer, o Marechal-de-campo Friedrich Paulus rechaça, com veemência, a ordem soviética de capitulação incondicional. O museu expõe a ordem de capitulação com manchas de sangue nas dobras do papel, já que o lugar-tenente soviético que tocou o trompete e portava o documento acabou ferido pela artilharia inimiga. Tudo isso atesta que, se Moscou é o cérebro da União Soviética, Stalingrado é o coração da Pátria-Mãe.

 

Ordem soviética de capitulação manchada pelo sangue do lugar-tenente ferido pela artilharia alemã (Flávio Ricardo Vassoler/VEJA.com)

Ora, das querelas que contrapõem pais e filhos, patrões e empregados até os campos de batalha, o título breve e luminoso como um raio [Guerra e paz (1867)] do romance de Liev Tolstói (1828-1910) sintetiza os extremos mais antípodas (e umbilicalmente irmanados) entre os quais a história e a natureza humana tendem a oscilar.

Como a empáfia racista e xenófoba dos nazistas rechaça a capitulação, os soviéticos lançam mão, a partir do dia 10 de janeiro de 1943, da Operação Кольцо (Kol’tso, Anel), com o objetivo de cercar e dividir, ao norte e ao sul, as tropas alemãs. (Em tempos de paz, é preciso dividir para reinar; em tempos de guerra, é preciso dividir para minar.)

No dia 22 de janeiro, Friedrich Paulus manda uma mensagem de rádio de caráter urgente-urgentíssimo para o Alto-Comando do Exército Alemão: “Os russos estão atuando em uma área com 6 km de largura em ambos os lados de Voronopovo no epicentro da contraofensiva; alguns batalhões desfraldam bandeiras em direção ao leste. Não há como cobrir o flanco aberto. O recuo em direção a frentes vizinhas que também estão sem munição é inútil e inexequível. Suprimentos de munições a partir de outras frentes também já não são possíveis. A comida está acabando. Que ordens eu devo dar às tropas que já não têm munição e que logo serão atacadas com artilharia pesada, tanques e maciça infantaria? Decisões rápidas são necessárias, porque a desagregação e a deserção em alguns locais já começaram”.

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Nos dias 23 de janeiro e 02 de fevereiro, o Exército Vermelho retomou, respectivamente, o controle das regiões sul e norte de Stalingrado.

Além de se pôr de pé a partir de suas próprias ruínas, a fênix de Stalingrado, após 200 dias e noites excruciantes, acaba com a aura de invencibilidade das tropas de Adolf Hitler.

Em um pronunciamento radiofônico para a então desesperada pátria soviética no dia 03 de julho de 1941, quando as tropas alemãs só faziam sangrar o solo nacional, Stálin lembra às repúblicas soviéticas que nenhum exército, ao longo da história, se mostrara invencível. Como a guerra que a URSS começara a travar contra o III Reich é uma guerra defensiva, a justiça está ao lado do povo que luta por autodeterminação. Hitler, sentencia Stálin, terá o mesmo destino dos invasores franceses comandados por Napoleão: o chute nos fundilhos aplicado pela mais clamorosa derrota.

Um cartaz soviético elaborado no calor da vitória procura costurar momentos díspares e dispersos da história, como se o passado fosse um prenúncio do presente, e como se o presente, para além das muitas contingências da história real, fosse uma derivação necessária do passado: sob a liderança de Lênin e Stálin, o Exército Vermelho expulsara da Rússia os invasores estrangeiros e anticomunistas (entre os quais os alemães) a partir de 1918, quando teve início a encarniçada guerra civil que se seguiu à Revolução de Outubro de 1917.

Cartaz soviético associando a expulsão dos estrangeiros – entre os quais os alemães – da URSS, em 1918, com a vitória em Stalingrado, em 1943 (Flávio Ricardo Vassoler/VEJA.com)

Na verdade, em mais uma das reviravoltas maquiavélicas que a história dá, o trem que conduziu Lênin de volta à Rússia, em abril de 1917, ficou estacionado em Berlim durante 20 horas, para possíveis tratativas do líder revolucionário com funcionários alemães do Ministério do Exterior. Registros do ministério dão conta de um apoio financeiro da ordem de 40 milhões de marcos para a causa bolchevique, uma vez que Lênin, nas famosas Teses de abril, apregoava que sua primeira medida à frente do governo revolucionário seria retirar a Rússia da Primeira Guerra Mundial. Para a Alemanha, a paz selada com a Rússia permitiria ao imperador Guilherme II centrar suas forças apenas na frente ocidental, em meio aos duelos encarniçados contra França e Inglaterra.

Pois bem: sob a liderança de Lênin e Stálin e sob os golpes da cavalaria russa que expulsara os invasores estrangeiros, em 1918, o cartaz soviético dá um salto de 25 anos e mostra, em janeiro de 1943, um altivo e confiante soldado do Exército Vermelho subjugando, com a ponta de sua baioneta, um combatente alemão de rosto cadavérico estirado sobre a neve.

Na primeira frase do ensaio O 18 Brumário de Luís Bonaparte (1852), Karl Marx (1818-1883) sentencia: “[O filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich] Hegel [1770-1831] observa em uma de suas obras que todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes. E esqueceu-se de acrescentar: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”.

Os marxistas soviéticos e seus cartazes de guerra submetem o fragmento do ensaio canônico do então jovem Marx – em 1852, o revolucionário alemão tinha apenas 34 anos – ao seguinte revisionismo: “Todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, necessariamente, duas vezes. A primeira vez como tragédia, a segunda como propaganda”.

A despeito das interpretações históricas panfletárias, a experiência acumulada com a vitória em Stalingrado permitiu ao Exército Vermelho usar estratégias parelhas na sequência da Grande Guerra Patriótica. Unidades que lutaram em Stalingrado também participaram de combates na Polônia e na Tchecolosváquia, na Áustria e na Alemanha.

Ao fim, a exposição do Museu-Panorama da Batalha de Stalingrado me encaminha para seu piso superior.

(Depois de todo esse périplo pelas ruínas da mais emblemática batalha da Segunda Guerra, eu não imaginava que poderia ser arrebatado ainda mais.)

Ao subir uma vertiginosa escada em caracol, chego à cúpula do museu. Súbito, um panorama de 360º me coloca, histórica e literariamente, em meio à batalha de Stalingrado, como se ela estivesse sendo narrada pelo Tolstói de Guerra e paz.

Imbuídos do realismo escatológico da guerra, artistas soviéticos de primeira linha pintaram as cenas da batalha pelas paredes da cúpula do museu – é como se o Éden da Capela Sistina, ao descer às agruras de nossa história, se convertesse no inferno de Stalingrado.

A beleza do heroísmo e da cicatriz; a beleza da tragédia que, ainda assim, só faz resistir: nuvens transpassadas pela luz laranja do crepúsculo, nuvens asfixiadas pela fumaça turva das explosões; flocos de neve em queda malemolente, neve tingida de sangue; trincheiras em ziguezague que desembocam em abrigos subterrâneos, abrigos que lembram as cavernas dos hominídeos que, em ziguezague, legavam suas pegadas de centauros – metade bestas, metade homens (semi-inocência que já não resta aos soldados); combatentes-camaleões vestindo capas brancas para se confundir com a neve; um soldado exaurido transforma a metralhadora em cajado e tenta buscar acalento junto à fogueira que crepita com a lenha dos móveis de mais uma família mutilada; crateras, crateras colossais, crateras fumegantes, crateras sempre côncavas – o prenúncio da cova rasa e coletiva; capacetes e pás, coturnos e obuses, tanques e soldados que, em comitiva pelo deserto da guerra, mais parecem beduínos que buscam o escambo da morte pela sobrevida, a guerra como condição para a paz.

 

Um dos quadros do panorama da Batalha de Stalingrado na cúpula do museu que reconta a história do conflito (Flávio Ricardo Vassoler/VEJA.com)

A suma beleza do panorama da batalha de Stalingrado – a beleza de tudo aquilo que é heroico e amorfo, a beleza de tudo aquilo que é trágico e que, ainda assim, insiste em resistir – me traz uma antítese radical para a sensação de plenitude exalada pelas aquarelas do francês Claude Monet (1840-1926), que estão expostas, também de forma panorâmica, na cúpula do Museum of Modern Art (MoMA), em Nova Iorque.

Quando contemplei as aquarelas de Monet, em dezembro de 2014, me senti abraçado por um sentido imediatamente tangível de bondade e reconciliação – com pinceladas gentis como a mais suave brisa, as aquarelas pareciam flutuar indefinidamente, em verde e amarelo, rosa e laranja, como se expectativas singelas não se vissem acuadas pela ansiedade e pelo medo, já que a esperança estava ali, à mão: as flores líquidas de Monet pareciam ter desaguado naquele momento – aqui e agora – da paleta do pintor.

Ao contemplar o panorama das aquarelas de Monet, eu pude entender, fisicamente, a utopia do Príncipe Míchkin, protagonista do romance O idiota (1869), de Fiódor Dostoiévski (1821-1881). Fusão de Jesus Cristo e Dom Quixote, Míchkin vaticina: “A beleza salvará o mundo”.

Ao contemplar o panorama da batalha de Stalingrado, eu pude imaginar, fisicamente, a pergunta que o ateu e parricida dostoievskiano Ivan Karamázov, (anti-)herói do romance Os irmãos Karamázov (1880), faria a seu irmão literário:

– E quanto ao mundo, Míchkin? O mundo salvará a beleza?

 

Sobre o autor

Flávio Ricardo Vassoler, escritor e professor, é doutor em Teoria Literária e Literatura Comparada pela FFLCH-USP, com pós-doutorado em Literatura Russa pela Northwestern University (EUA). É autor das obras O evangelho segundo Talião (nVersos, 2013), Tiro de misericórdia (nVersos, 2014) e Dostoiévski e a dialética: Fetichismo da forma, utopia como conteúdo (Hedra, 2018), além de ter organizado o livro de ensaios Fiódor Dostoiévski e Ingmar Bergman: O niilismo da modernidade (Intermeios, 2012) e, ao lado de Alexandre Rosa e Ieda Lebensztayn, o livro Pai contra mãe e outros contos (Hedra, 2018), de Machado de Assis. Página na internet: Portal Heráclito, https://www.portalheraclito.com.br.

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