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Diário da Vacina

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A repórter Laryssa Borges, de VEJA, relata sua participação em uma das mais importantes experiências científicas da atualidade: a busca da vacina contra o coronavírus. Laryssa é voluntária inscrita no programa de testagem do imunizante produzido pelo laboratório Janssen-Cilag, braço farmacêutico da Johnson & Johnson.
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Janssen procura voluntários para nova vacina anti-Covid; Brasil está fora

A ideia é medir se duas doses podem fornecer proteção maior ou mais longa contra a doença

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 jan 2021, 10h29 - Publicado em 8 jan 2021, 10h12

8 de janeiro, 9h01: A gigante Johnson & Johnson pretende lançar no mercado dois tipos diferentes de vacinas contra a Covid-19: uma feita com dose única, cujos testes de fase 3 foram concluídos no final do ano passado, e outro imunizante a ser aplicado em duas doses, como todos os outros fabricantes que já conseguiram autorização para uso emergencial nesta pandemia. O projeto de vacinação com dose única está no estágio em que são analisadas e compiladas as informações dos cerca de 45.000 voluntários que se submeteram ao antígeno experimental. Até o final deste mês, a belga Janssen-Cilag, braço farmacêutico da J&J, pretende anunciar a segurança e a eficácia do fármaco e, na sequência, pedir aval da FDA, a agência regulatória de drogas e alimentos dos Estados Unidos, para uso emergencial.

A segunda vacina anti-Covid da empresa, idealizada para ser aplicada em duas doses, está na fase de recrutamento de voluntários. Ao contrário do primeiro projeto, no qual me inscrevi e recebi minha dose de vacina (ou placebo) em meados de novembro, o novo ensaio clínico da Janssen não prevê a participação de brasileiros. A ideia da companhia é ter participantes na Bélgica, Colômbia, França, Alemanha, Filipinas, África do Sul, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos no projeto conhecido como “Ensemble 2” (ou Juntos, em tradução livre). Esta pesquisa será feita em colaboração com o Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde do Reino Unido.

De acordo com o chefe global de Pesquisa e Desenvolvimento da Janssen, Mathai Mammen, a nova pesquisa da empresa pretende aplicar nos voluntários duas doses do imunizante em testes em um intervalo de dois meses. A exemplo da primeira vacina, a nova também tem por base o adenovírus 26, um vírus atenuado de resfriado com uma pontinha do espinho da coroa do novo coronavírus. A plataforma de adenovírus 26 foi usada com sucesso na criação do antígeno contra o ebola, já aprovado pela Comissão Europeia. “O motivo pelo qual estamos realizando este segundo estudo é para ver se uma segunda dose pode fornecer proteção maior ou mais longa”, anunciou Mammen.

Na pesquisa da qual sou parte, a Ensemble, o Brasil foi escolhido porque, para os cientistas, é importante ter grande variedade de raças e etnias e ter latinos e negros, comunidades que acabaram fortemente afetadas pela pandemia, entre os testados.

Na experiência clínica de que participo, a expectativa da Janssen é que a vacina produza alguma proteção já em 14 dias. No espaço de 28 dias seria atingida a imunidade de quem recebeu a dose. Como voluntários, ainda estamos na fase de duplo-cego, na qual nem os pacientes nem a equipe médica sabe quem recebeu placebo e quem recebeu a ampola com o antígeno verdadeiro. A expectativa é que o duplo-cego seja quebrado assim que for anunciada a eficácia da vacina, no final de janeiro.

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