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Por Laryssa Borges
A repórter Laryssa Borges, de VEJA, relata sua participação em uma das mais importantes experiências científicas da atualidade: a busca da vacina contra o coronavírus. Laryssa é voluntária inscrita no programa de testagem do imunizante produzido pelo laboratório Janssen-Cilag, braço farmacêutico da Johnson & Johnson.
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Brasil comprou vacinas a US$ 3,16; Índia e Bangladesh têm venda privada

Dados são do Unicef, que monitora a compra e aplicação de vacinas em todo o mundo

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 mar 2021, 00h49 - Publicado em 6 mar 2021, 12h16

6 de março, 11h38: O Brasil tem negociado a compra de vacinas da Pfizer, da Janssen, da Moderna e do laboratório indiano Bharat Biotech para cumprir a promessa, feita pelo ministro da Saúde Eduardo Pazuello, de vacinar toda a população apta a receber o imunizante até o fim do ano. A vacinação tem sido errática até agora: faltam doses em diversas cidades, ampolas destinadas a indígenas foram esquecidas em um depósito, frascos para o Amazonas acabaram no Amapá.

A ideia de ampliar os fornecedores de vacinas é mais do que bem-vinda, mas existem impasses de diferentes tipos para viabilizar as doses das quatro farmacêuticas: o acordo de comercialização com a Pfizer e a Janssen, cuja vacina experimental testei como voluntária, deve ser assinado nos próximos dias; as tratativas com a Moderna mal começaram; e no caso da indiana Covaxin falta o básico: a empresa nem apresentou resultados dos ensaios clínicos de fase 3 em outros países nem pediu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para realizar testes com brasileiros. Por ora temos, portanto, a vacina Oxford/AstraZeneca, a ser desenvolvida no futuro pela Fiocruz, no Rio de Janeiro, e a CoronaVac, da chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.

A viabilização dessas duas vacinas, a despeito de movimentos negacionistas de importantes autoridades, nos permitiu até agora que 7,67 milhões de pessoas recebessem pelo menos a primeira dose daquela que é a única saída para sairmos desta pandemia. Os custos de cada imunizante são simplórios: US$ 3,16 no caso da AstraZeneca em parceria com a Fiocruz, US$ 5 da mesma vacina quando ela foi comprada diretamente do Instituto Serum, na Índia, e US$ 10,30 da CoronaVac adquirida do laboratório Sinovac. Os preços de cada uma foram compilados pelo Unicef, o fundo das Nações Unidas para a Infância.

A entidade listou ainda países que têm adquirido imunizantes para o mercado privado. São exceções. Como o enfrentamento do novo coronavírus é uma estratégia coletiva, os governos têm tomado a linha de frente na compra e aplicação do produto em seus nacionais. O Brasil prevê a aquisição de doses para clínicas privadas desde que 100% delas sejam doadas para o SUS enquanto não forem vacinados todos os brasileiros que compõem o grupo prioritário, algo em torno de 77 milhões de pessoas. Quando esta população estiver blindada, ainda assim os particulares deverão doar ao Sistema Único de Saúde 50% de todas as vacinas que comprarem.

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Por ora, diz o Unicef, há previsões de venda para o mercado privado de Bangladesh – US$ 13,27 a dose do imunizante Oxford/AstraZeneca contra US$ 4 a dose comprada pelo governo local – e da Índia, com estimativa de US$ 6 a 8 dólares a dose particular, enquanto a ampola adquirida do Instituto Serum foi fechada a US$ 2,72.

 

  • Leia também: No pior momento da pandemia, principais autoridades do país ensaiam reação.
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