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Por Laryssa Borges
A repórter Laryssa Borges, de VEJA, relata sua participação em uma das mais importantes experiências científicas da atualidade: a busca da vacina contra o coronavírus. Laryssa é voluntária inscrita no programa de testagem do imunizante produzido pelo laboratório Janssen-Cilag, braço farmacêutico da Johnson & Johnson.
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A (ir)responsabilidade de passageiros e companhias aéreas na pandemia

Casos da doença tem crescido vertiginosamente nas últimas semanas e infelizmente ainda temos de lidar com atitudes temerárias de viajantes

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 dez 2020, 09h19

22 de dezembro, 9h15: O ar da aeronave é renovado a cada três minutos e filtros de ar HEPA garantem que 99,9% de micropartículas como vírus e bactérias sejam removidos do voo. Foi assim que a companhia aérea respondeu, por email, à minha reclamação formal pelo fato de eles terem deixado uma passageira embarcar, sem máscara, de Brasília para o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, na terça-feira da semana passada. Eu identifiquei a poltrona da cidadã anti-máscara (para meu azar na mesma fileira que a minha), enviei uma foto do equipamento que ela usava (um mini face shield que mais parecia um porta-saliva) e ainda assim “não foi identificado o passageiro que utilizava apenas o face shield em substituição da máscara”.

Imagino se a tripulação, sabendo que cometeu um erro imperdoável e colocou todos os demais passageiros em risco, admitiria a falha a seus superiores. A cidadã ficou na fila sem máscara, apresentou o bilhete de embarque sem máscara, permaneceu em um voo de 1h35 de duração sem máscara e nenhum comissário de bordo viu nada. Episódios como o desta viajante me fazem questionar, como voluntária em busca de uma vacina, como ainda existem pessoas que burlam as regras sanitárias e não se importam com o próximo. A aglomeração insana no aeroporto de Guarulhos registrada no dia 20 (e depois viralizada nas redes) é mais uma dura demonstração desta insensibilidade.

14 de dezembro: Um dia antes da minha experiência com a senhora que orgulhosamente ostentava o porta-saliva que a permitia retocar o batom durante a viagem, um homem de 69 anos morreu após passar mal durante o voo 591 da United Airlines, que fazia o trajeto Flórida-Los Angeles. A esposa dele disse ao serviço de emergência que o marido havia testado positivo para a Covid e que apresentava sintomas como a perda de olfato e paladar. O sindicato que representa atendentes de voo nos Estados Unidos informou que quatro membros da tripulação estão em quarentena.

Para registro: a Covid-19 já matou quase 190.000 brasileiros (e 323.000 americanos), tem crescido vertiginosamente nas últimas semanas e infelizmente ainda temos de lidar com atitudes temerárias de passageiros e companhias aéreas.

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