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Mestre e doutor em Oftalmologia pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp), é presidente institucional do Instituto Coalizão Saúde e do conselho do Hospital Albert Einstein
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Novos medicamentos contra Covid-19

País perdeu muito tempo na discussão de “tratamentos precoces” milagrosos que, sabidamente, nunca foram eficazes

Por Claudio Lottenberg
1 mar 2022, 12h32

O Brasil acaba de dar mais um passo importante no combate à pandemia. Na semana passada, a Anvisa aprovou o primeiro medicamento com indicação profilática (ou seja, de uso preventivo) para o tratamento da Covid-19. Com isso, o país já conta com sete fármacos liberados pela autoridade sanitária que se mostraram de fato eficazes contra o coronavírus.

A droga recém-aprovada se chama Evusheld e combina dois compostos (cilgavimabe + tixagevimabe) derivados de células doadas por pacientes que contraíram a Covid-19. A nova medicação utiliza anticorpos monoclonais, aqueles que se ligam a diferentes pontos da proteína Spike do SARS-CoV-2, prevenindo a infecção. A notícia é particularmente boa para as pessoas imunocomprometidas, uma vez que esses indivíduos tendem a desenvolver uma resposta imunológica menor à vacinação.

A maioria dos medicamentos usados no tratamento da Covid-19 aprovados pela Anvisa são indicados para pacientes hospitalizados, em situações específicas. É o caso do Rendesivir, um antiviral usado em pessoas internadas com pneumonia, e do Baricitinibe, para pacientes internados que necessitam de oxigênio de maneira não invasiva. A agência reguladora também já deu o aval para o uso de medicações indicadas para casos leves e/ou moderados, porém com alto risco de progressão para formas grave da doença, como o Regkirona, o Sotrovimabe, a associação Banlanivimabe e Estesevimab e o Regen-Covi.

Existem também outros fármacos, já adotados em outros países, que ainda aguardam a análise da Anvisa – como os antivirais Paxlovid e Molnupiravir. Até o momento, infelizmente, nenhum deles foi incorporado ao Sistema Único de Saúde.

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A entrada de novos medicamentos contra o coronavírus, entretanto, não anula a importância das vacinas. As drogas funcionam como complemento, e não substitutos da imunização tradicional. Além disso, é impossível saber quando entraremos em contato com alguém infectado em nossas interações sociais corriqueiras. Daí a necessidade da proteção permanente, constante, que só a vacinação completa pode fornecer.

Mais importante, porém, é o fato de que estamos enfim amadurecendo o debate sobre o uso de medicações contra a Covid-19. O Brasil perdeu muito tempo – e muitas vidas – discutido “tratamentos precoces” milagrosos que, sabidamente, nunca foram eficazes. Com o avanço da ciência, podemos finalmente comemorar a chegada de drogas que irão auxiliar de verdade o enfrentamento da maior crise sanitária do século.

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