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Um jogo no qual Lula só ganha e Geraldo Alckmin só perde

Chapa com petista e ex-tucano reacende a disputa interna do PT e alimenta a tese de uma ação calculada por parte do ex-presidente

Por Clarissa Oliveira 18 jan 2022, 11h30

As conversas sobre uma possível chapa que una o ex-presidente Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin parecem ter reacendido de vez a disputa interna do PT. Líderes do partido passaram a bater boca e a mandar recado pelos jornais. Já tem abaixo-assinado e nota de corrente interna circulando, como se via com frequência na época em que estourou o escândalo do mensalão. A briga cresceu de tal forma que passa a ser absolutamente crível a tese de que, talvez, isso tudo seja fruto de um cálculo cuidadoso.

Ontem, depois que veio à tona a entrevista concedida por Rui Falcão ao jornal Folha de S. Paulo, na qual atacou duramente a chapa Lula-Alckmin, era petista para todo lado trocando telefonema. Teve até ligação do exterior. Nomes como a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente do partido José Genoino bateram palma para Falcão. Já Fernando Haddad reclamou.

Lula, enquanto isso, assiste do alto do seu camarote enquanto o circo pega fogo. O ex-presidente, conta um importante aliado, só tem a ganhar com todo esse pampeiro. Mantém em alta o assunto da possível aliança com Alckmin e difunde a tese (na qual ninguém acredita) de que cabe ao PT decidir sobre essa união. De quebra, ainda ganha uma bela desculpa se quiser rifar Alckmin lá na frente: basta dizer que não teve jeito de o partido engolir a chapa e que é preciso respeitar a vontade da maioria.

Alckmin, enquanto isso, só perde. Até pouco antes do Natal, o ex-tucano tinha na mesa vários convites sólidos para ser candidato ao governo de São Paulo. Prometia largar como franco favorito. PSD, PSB e Solidariedade disputavam nos bastidores para ver quem teria o privilégio de filiar o ex-governador. O ano virou e a sorte de Alckmin também. O PSD já começou a buscar um plano B para a disputa ao Palácio dos Bandeirantes. Uma operação da Polícia Civil acertou em cheio Márcio França, seu maior aliado dentro do PSB. O Solidariedade custa a empolgar Lula com a proposta para indicar o vice, até porque está fechado com o atual vice-governador Rodrigo Garcia em São Paulo.

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Um importante líder do PT fez à coluna o seguinte diagnóstico: “É tudo tão perfeito para o Lula que fica difícil acreditar que não seja de propósito”.

Leia também: A rejeição ao PT no Twitter e nas ruas

 

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