TSE faz gesto que pode ser chave para uma trégua com Bolsonaro
Tribunal indicou que poderá atender a parte das sugestões das Forças Armadas para a condução do processo eleitoral
A sinalização do Tribunal Superior Eleitoral de que poderá atender ao menos em parte às sugestões das Forças Armadas para a condução do processo eleitoral é vista pelo governo do presidente Jair Bolsonaro como um gesto que pode facilitar uma trégua entre os Poderes antes do 7 de setembro. O TSE poderá acatar, por exemplo, a ideia de divulgar dados dos boletins de votação das urnas eletrônicas.
Parte do primeiro time de Bolsonaro vem tentando convencê-lo a buscar uma pacificação antes das comemorações da Independência. Essa turma entende que o presidente erra ao estimular o confronto com o Judiciário na data e que o resultado pode ser um aumento de sua rejeição em alguns setores do eleitorado.
Um dos pontos levantados na campanha era justamente a ideia de que, se a Justiça Eleitoral atendesse pelo menos uma parte das sugestões dos militares, seria mais fácil convencer o presidente a retribuir. Um aceno estudado pelos aliados próximos de Bolsonaro seria sua participação na cerimônia de posse de Alexandre de Moraes como novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).