Thronicke: ‘Pelas eleitoras que estão com Bolsonaro, só posso lamentar’
Ao VEJA e Vote, candidata do União Brasil diz que não esperava postura do presidente em relação a mulheres e que imaginava que ele era apenas 'chiliquento'
Com uma campanha centrada na proposta de uma reforma tributária profunda, a senadora Soraya Thronicke (União Brasil) deixou para trás os tempos em que exaltava o presidente Jair Bolsonaro e agora rechaça a tese de que o presidente tenha imprimido um viés liberal à agenda econômica. Defensora da criação de um imposto único federal, a candidata do União Brasil ao Palácio do Planalto diz que faltou vontade a governos anteriores para mudar o sistema tributário e diz precisar de menos que um mandato para aprovar o projeto.
Ao VEJA e Vote, projeto que reúne propostas dos candidatos nas eleições deste ano, Thronicke também fez um aceno ao eleitorado feminino. A senadora rechaça, no entanto, a ideia de que sua entrada na corrida presidencial seja, antes de tudo, um caminho para cumprir as regras sobre a aplicação de recursos do fundo eleitoral em candidaturas femininas.
Sobre o apoio passado ao presidente Jair Bolsonaro, Thronicke diz que não imaginava que ele teria o comportamento que tem em relação às mulheres. “Pelas eleitoras que ainda estão com o presidente Bolsonaro, se elas não enxergaram ainda, eu só posso lamentar.” Mesmo quando confrontada com o fato de ele já ter protagonizado no passado episódios como aquele em que disse que não estupraria a deputada Maria do Rosário por que ela era feia. “Achei que era um momento de chilique dele. Porque ele é chiliquento”, disse Thronicke.