Os bastidores por trás do pronunciamento de Ciro Gomes
Na reta final, pedetista diz ser vítima de ódio e manda recado à ala de seu próprio partido que defende apoio a Lula
Nas conversas reservadas que precederam o pronunciamento feito por Ciro Gomes nesta segunda-feira, a campanha pedetista fez uma avaliação geral do quadro eleitoral e decidiu investir na ideia de que está instaurada uma “máquina do ódio” da qual o pedetista seria vítima. A fala de hoje não trouxe lá grandes novidades no discurso do ex-ministro. Mas veio como um recado à ala de seu próprio partido que há semanas trabalha por uma debandada em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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Ciro de fato tem se queixado de ataques vindos de bolsonaristas e de petistas. E resolveu lançar mão disso nesta reta final antes do primeiro turno. Um exemplo difundido dentro da campanha é o de um militante petista que teria ido para as redes sociais oferecer R$ 50 para alguém assassinar o candidato do PDT. Ciro tem dito que nunca viu tamanha virulência em uma campanha presidencial.
Nesta semana, o time pedetista vai investir na versão de que muito do que está expresso nas pesquisas de intenção de voto pode mudar nos últimos dias antes da ida às urnas. Que muitos eleitores ainda não estão totalmente decididos. Ciro planeja algumas agendas de rua para os últimos dias antes do primeiro turno. E centrará esforços nos preparativos do debate da TV Globo.