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O plano de Lula para alfinetar Bolsonaro e atiçar ‘disputa saudável’ no PT

Petista age para apontar ação eleitoreira do governo, ao mesmo tempo em que mantém acesa disputa interna por 2026

Por Clarissa Oliveira 1 jul 2022, 14h10

Empenhado em alfinetar o presidente Jair Bolsonaro pela sucessão de medidas eleitoreiras planejadas pelo governo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acenou nesta sexta-feira para a possibilidade de não disputar a reeleição. O assunto, que já circula há tempos nos bastidores do PT, foi verbalizado pelo presidenciável petista durante uma entrevista à Rádio Metrópole, da Bahia.

Lula declarou que não pretende ser um presidente que pensa apenas em garantir mais um mandato. “Eu vou ser o presidente que vou estar pensando em governar este país por quatro anos”, afirmou.

+Leia também: Lula aposta no vale-tudo com arsenal pesado de ações pela reeleição

A fala mira o pacote de bondades previsto por Bolsonaro para tentar se recuperar na corrida eleitoral, com medidas como o aumento do Auxílio Brasil para R$ 600, a ajuda para caminhoneiros e taxistas, só para citar alguns exemplos. Mas esse movimento tem também o efeito de atiçar a disputa interna por sua sucessão. E, na visão de aliados, Lula age de caso de pensado, para manter acesa uma espécie de “disputa saudável” dentro do partido.

O ex-presidente começou a difundir internamente a ideia de que não disputará a reeleição ainda na montagem de alianças para a corrida presidencial. Na época, os sinais foram recebidos internamente como um chamariz para amarrar a aliança que resultou na indicação de Geraldo Alckmin como seu vice. Aliados próximos de Lula dizem que isso teria ajudado a seduzir o ex-tucano, que ganha a oportunidade de tentar se cacifar para a cadeira de presidente em 2026.

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Mas os mesmos interlocutores acham lembram que o aceno não passa de técnica de sedução. Afinal, a fila é longa dentro do PT. Pelo menos dois nomes despontam nessa briga: Fernando Haddad, candidato derrotado ao Palácio do Planalto em 2018 e atual candidato ao governo paulista, e o senador Jaques Wagner, um dos coordenadores nacionais da campanha de Lula.

Caso Lula consiga de fato se eleger, ambos estariam bem posicionados para a sucessão. Se também vencer a corrida ao Palácio dos Bandeirantes, Haddad acrescentaria à lista de predicados o fato de romper o teto histórico de votos do PT em eleições paulistas. E ganharia a vitrine do governo para mostrar serviço. Se perder, tende a acabar em um ministério de destaque. Wagner, por sua vez, é tido como nome certo na Esplanada caso Lula seja eleito. Possivelmente em uma pasta central, como a Casa Civil.

+Saiba mais: A novidade da pesquisa Datafolha sobre evangélicos, Lula e Bolsonaro

Há quem diga no PT que Lula quer mais é que essa briga fique acesa. Seria uma forma de transmitir ao eleitorado a ideia de que, lá na frente, não repetirá o modelo de escolher um “poste” para sucedê-lo – como como se falava em 2010. O plano, dizem aliados do petista, é mostrar que a continuidade de um futuro governo estaria garantida, com nomes experientes na política.

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