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O grande dilema de Lula ao impulsionar Fernando Haddad para a Fazenda

Ex-prefeito vai representar o presidente eleito em encontro com banqueiros nesta sexta-feira

Por Clarissa Oliveira Atualizado em 25 nov 2022, 12h19 - Publicado em 25 nov 2022, 11h15

Escalado para representar Luiz Inácio Lula da Silva em um almoço com banqueiros nesta sexta-feira, Fernando Haddad encerra esta semana mais cotado que nunca para assumir um ministério na área econômica, mais precisamente a Fazenda. Não há nada 100% certo, mas seria uma espécie de teste de fogo. Ainda assim, na visão de muita gente próxima ao presidente eleito, é também uma aposta para lá de arriscada.

+Leia também: O recado velado de Lula a dois de seus principais conselheiros

Pelo modelo em discussão dentro do time de transição, Haddad faria dobradinha com Pérsio Arida, que ficaria no comando do Ministério do Planejamento. As atribuições hoje concentradas no Ministério da Economia de Paulo Guedes seriam redistribuídas. A formulação geral da política econômica e as tarefas de caráter mais político ficariam com o petista. Questões de ordem mais técnicas iriam naturalmente para Arida, um dos pais do Plano Real. Um eventual anúncio —  quando e se ele acontecer — seria simultâneo. Mais fácil para manter a calma do mercado.

Dentro do PT, aliados próximos de Haddad divagam cada um para um lado na hora de avaliar o possível destino do ex-prefeito. Tem quem ache que este é o lugar certo para ele, até para lhe dar a estatura que se espera de um possível sucessor de Lula. Por essa análise, é importante que Haddad tenha protagonismo no governo. E nada melhor do que substituir o “Posto Ipiranga”.

De outro lado, tem amigo do ex-prefeito que acha essa aposta um erro dos grandes. Em conversa com a coluna, um líder com trânsito na cúpula da transição diz que ele erra ao rejeitar uma nova indicação para o Ministério da Educação. Para esse interlocutor, a pasta já comandada lá atrás pelo ex-prefeito é uma vitrine com potencial de criar uma marca internacional para o Brasil. Daria para montar uma belíssima bandeira de campanha para 2026, sem ficar na linha de tiro da oposição.

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Há também uma preocupação grande com o grau de exposição que a Fazenda poderia conferir a Haddad. Uma crise econômica forte, uma turbulência fora do previsto, tudo isso poderia arranhar a imagem do ministro da Fazenda. E, em última instância, quem sabe obrigar Lula a pensar numa substituição. Tudo isso poderia atrapalhar os planos de um voo maior em 2026.

+Veja também: A primeira jogada de Ciro Gomes contra Lula após as eleições 

No fim do dia, só Lula sabe o que vem pela frente. Ele só deve voltar de vez à ativa na segunda-feira, com a missão de lidar com as pressões lançadas pelo Congresso sobre o futuro governo. A avaliação é que dificilmente a PEC que dará sobrevida ao Bolsa Família de 600 reais sairá do papel se ele não abrir a temporada de indicações de ministros. E a prioridade, claro, é a escolha do novo titular da Fazenda.

 

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