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Leite: Comentários homofóbicos de Bolsonaro indicam ‘alguma incerteza’

Ao Amarelas On Air, governador disse que sucessivas piadas e 'fixação instigante' sobre o tema alimentam especulação sobre 'problema pessoal' do presidente

Por Clarissa Oliveira Atualizado em 12 jan 2022, 11h07 - Publicado em 25 out 2021, 19h00


Poucos meses depois de se assumir gay, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, não esconde as críticas que faz ao presidente Jair Bolsonaro pela forma como trata do tema da homossexualidade. Convidado desta semana do Amarelas On Air, programa de entrevistas de VEJA, Leite contou detalhes do processo que o levou a abrir esse aspecto da sua vida pessoal, analisou um possível impacto em seu projeto político e exaltou o valor da “diversidade” para o País. Para o tucano, Bolsonaro desperta especulações sobre sua própria sexualidade ao se comportar sucessivamente de maneira homofóbica.

“É uma fixação curiosa e, no mínimo, instigante. É uma fixação. A todo momento a piadinha, a todo momento uma brincadeira homofóbica, que denota e gera até especulação de algum tipo de incerteza ou de algum tipo de problema pessoal. Eu não quero fazer especulações. Mas a fixação no assunto gera, sem dúvida nenhuma, alguma especulação sobre… Eu entendo, uma pessoa é de outro tempo, de outro tipo de formação, que tenha suas próprias crises, suas próprias dificuldades”, afirma Leite.

 Ao argumentar que não pretende fazer dessa declaração uma “agressão” ou “ataque”,  Leite disse ter crescido em um ambiente no qual ele próprio foi levado a “acreditar que era errado”. E, por isso, acrescentou, foi preciso tempo até que pudesse se aceitar. Ele ressaltou, entretanto, que não queria encerrar seu mandato de governador sem abordar publicamente o assunto. E que sua entrada nas prévias tucanas o levou a antecipar a declaração.

“Estamos cansados de ver políticos que se apresentam de um jeito e depois a gente descobre que são outra coisa”, afirmou. “O importante é que para mim é algo bem resolvido e eu me apresento por inteiro. Se alguém tem algo a esconder, pior, com rachadinhas, com mensalão do outro lado, com petrolão, com superfaturamento de vacinas na aquisição. A esconder têm eles. Eu não tenho nada a esconder. Minha vida pessoal não deveria ser alvo de debate público. Mas, se é para ser, eu me apresento por inteiro. Não escondo nada.” 

Prévias. Na entrevista, Leite também falou sobre as suspeitas de fraude nas prévias tucanas. O grupo político que dá apoio à pré-candidatura do governador gaúcho apresentou à direção do PSDB uma denúncia segundo a qual as datas de filiação de 92 prefeitos e vice-prefeitos teriam sido adulteradas, para que pudessem votar nas prévias. Segundo a acusação, as filiações ocorreram efetivamente em julho, mas foram computadas como tendo ocorrido antes de 31 de maio, que segundo as regras tucanas é a data limite para a participação na votação interna.

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Leite afirmou que “certamente” o assunto será levado aos tribunais, caso a direção partidária não tome providências para impedir que esses votos sejam considerados. Questionado sobre um eventual beneficiamento de João Doria, seu maior rival nas prévias, Leite disse preferir acreditar que o colega tenha participação no episódio.

“Não posso dizer que foi do governador. Prefiro acreditar que não foi ação direta do governador Joao Doria. Eventualmente alguém que o apoia, que é do diretório, quis mostrar serviço e fez algo à revelia do próprio candidato. Não sei, não vou entrar em especulações do que poderia ser. Agora,  seguramente, quem tem tanta segurança de uma vitória não precisaria fazer filiação nessa condição extemporânea.”

Terceira via. Dizendo-se confiante na construção de uma terceira via, Eduardo Leite disse acreditar que tem o preparo e qualificação necessários para liderar esse projeto, mesmo contando apenas 36 anos. “A questão da idade é menos relevante. A experiência não vem de soprar velinha e fazer aniversário”, afirmou, lembrando que herdou um Estado com grandes dificuldades financeiras e conseguiu reorganizá-lo.

Ainda assim, ele defende que seu partido tenha a “humildade” de abrir mão de uma candidatura, caso entenda que outro nome ao centro demonstre melhores condições de romper a polarização entre PT e PSDB. 

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Leia mais sobre Amarelas On Air em: https://veja.abril.com.br/blog/clarissa-oliveira/

 

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