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A guerra de promessas rasas de Lula e Bolsonaro sobre o Auxílio Brasil

Petista e presidente travam embate por paternidade do benefício, sem garantias de que conseguirão entregar a partir de 2023

Por Clarissa Oliveira Atualizado em 3 ago 2022, 10h57 - Publicado em 3 ago 2022, 10h17

Como não poderia ser diferente, a já esperada briga entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em torno do Auxílio Brasil começou a ganhar força antes mesmo da largada oficial da campanha. Natural, uma vez que os pagamentos com valor de R$ 600, que começam no dia 9, lideram a lista de apostas do presidente para reduzir a diferença em relação a Lula. Mas o que se vê até agora, seja no time de Lula ou de Bolsonaro, são promessas ao vento, sem clareza sobre se e como o dinheiro cairá no bolso dos brasileiros a partir de 2023.

+Leia também: Nova pesquisa põe Bolsonaro à frente de Lula em São Paulo

Lula diz que vai tornar o benefício permanente, promete manter o valor em R$ 600 e ainda cogita corrigir a inflação. Tudo isso lembrando insistentemente que foi ele quem criou o extinto Bolsa Família. Mas, nos bastidores, o time mais próximo do ex-presidente admite que, neste momento, nem mesmo toda a ginástica orçamentária do mundo seria suficiente para dar a clareza de como o governo bancará os pagamentos.

O atual Auxílio de R$ 600 foi aprovado dentro de um estado de emergência e fora do teto de gastos, com uma oposição constrangida pela proximidade das eleições. Ninguém ali estava disposto a ir contra colocar dinheiro no bolso do eleitor às vésperas da ida às urnas. O cenário vai ser diferente em 2023.

“Vamos dar um jeito. Mas é bem possível que a gente tenha que mexer na base”, afirmou à coluna um interlocutor de Lula, referindo-se a uma possível mudança nos critérios do programa, para que os pagamentos alcancem um número menor de beneficiários.

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No caso de Bolsonaro, as promessas estão ainda mais soltas no ar. Ontem, o presidente acenou com a possibilidade de continuar pagando o benefício a partir de 2023. Falou em aprovar uma nova Proposta de Emenda à Constituição, o que, em tese, seria necessário para furar novamente regras como o teto de gastos. Basicamente, o que Bolsonaro diz é que ele gostaria de manter o Auxílio Brasil em R$ 600 em 2023. Se vai dar ou não, aí é outra história.

“Se depender do presidente vai ser indefinido, enquanto essas pessoas precisarem”, resumiu ontem o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, na entrevista que concedeu ao Amarelas On Air. Segundo ele, Bolsonaro terá “responsabilidade” para avaliar o assunto. “O presidente sendo reeleito, eu estarei no dia seguinte negociando com o Congresso quais são as medidas que terão que ser aprovadas para implementar isso.”

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As duas campanhas dizem que o jogo ainda nem começou e que há tempo para arredondar as propostas. Mas, até lá, o que não falta é marketing. Bolsonaro que o diga, já que sua campanha já iniciou os preparativos para realizar ainda neste mês um mega evento para entregar simbolicamente os novos cartões de pagamento, trocando a marca do Bolsa Família petista pelo Auxílio Brasil. O presidente deve ficar impedido de participar, por conta da lei eleitoral. Mas a primeira-dama Michelle Bolsonaro deve dar conta do recado.

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