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Por André Sollitto e Ricardo Amorim Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Novidades e reflexões sobre o mercado da cannabis legal, no Brasil e no mundo
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Gigantes da ‘Cannabis’ legal enfrentam cenário desafiador

Balanços trazem más notícias para investidores, mas otimismo persiste e tendência é de virada no médio prazo

Por Ricardo Amorim Atualizado em 13 set 2019, 13h28 - Publicado em 13 set 2019, 11h36

Quando eu escrevi aqui que a “brincadeira” da Cannabis legal estava ficando séria, com o espaço sendo ocupado por grandes players, não quis dizer em nenhum momento que a jornada seria fácil, nem mesmo para eles. Os resultados mais recentes apresentados pelas gigantes do setor demonstram que o mercado precisará de tempo e mudanças estruturais para se tornar realmente lucrativo a ponto de atrair mais investidores. Na última quarta-feira, dia 11, a canadense Aurora Cannabis divulgou números abaixo da expectativa para o quarto trimestre de seu ano fiscal (18/19). No mês passado, sua compatriota Canopy Growth, maior do mundo em valor de mercado, já havia decepcionado os analistas em seu relatório referente ao primeiro trimestre do ano fiscal 2020.

O principal problema dos balanços está no EBITDA, sigla em inglês para “lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização”. Tanto a Aurora quanto a Canopy apresentaram EBITDA negativo: 11,7 milhões de dólares canadenses (US$ 8,85 milhões) e 92,06 milhões de dólares canadenses (US$ 69,6 milhões), respectivamente. Apesar do crescimento das receitas e da produção, os custos operacionais ainda pressionam as empresas, que enfrentam barreiras regulatórias e nos canais de distribuição para atingir os lucros tão esperados pelo mercado. Ainda que tenha havido decepção, ninguém duvida que a virada é uma questão de tempo e os próprios executivos sabem disso. Na época da divulgação de seus resultados, a Canopy informou que os lucros devem aparecer em um período de três a cinco anos. Não é nenhuma tragédia em um segmento incipiente e imaturo como o da cannabis legal.

Mas nem tudo é má notícia: os mesmos balanços que frustram no EBITDA também trazem dados positivos, que apontam para um futuro promissor. Talvez o excesso de otimismo tenha contribuído para o mau humor com que os números foram recebidos. A Aurora, por exemplo, reportou um crescimento nada desprezível de 52% em sua receita líquida na comparação anual, alcançando 98,9 milhões de dólares canadenses (US$ 74,7 milhões). Acontece que a expectativa, criada por ela mesmo em projeção anterior, era de um resultado entre 100 e 107 milhões. A estimativa dos analistas era ainda mais agressiva, de 108,2 milhões. O susto inicial, no entanto, não foi suficiente para desanimar o mercado, onde os papéis já ensaiam recuperação, ainda que tímida, como mostram os gráficos abaixo, do Google Finance.

Aurora

AURORA_ALTA
(Reprodução/Reprodução)

Canopy

CANOPY_ALTA
(Reprodução/Reprodução)

Acompanhar as oscilações na bolsa e os balanços das empresas é fundamental para aferir o potencial de qualquer setor. Para o mercado da Cannabis legal não é diferente, mas há particularidades a serem consideradas. Estamos falando de um produto que passou mais de 80 anos na ilegalidade e que ainda continua sendo proibido e alvo de preconceitos na maior parte do mundo. Nos mercados onde a erva foi legalizada, o ambiente regulatório é confuso, os impostos são altos e os canais de distribuição e venda não estão estabelecidos. Há necessidade intensiva de capital, pessoas e infraestrutura, sem contar os investimentos em pesquisas, inovação, desenvolvimento de produtos e marketing. Com o amadurecimento da indústria e a ampliação dos mercados, seja com a legalização em outros países ou mudanças regulatórias, os resultados certamente vão aparecer, para a alegria de quem chegou cedo e apostou na planta quando ela ainda era uma promessa não cumprida.

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