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Por André Sollitto e Ricardo Amorim
Novidades e reflexões sobre o mercado da cannabis legal, no Brasil e no mundo
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Está sobrando (muita) cannabis na Califórnia

Mesmo com as restrições regulatórias e os altos custos de licenciamento e produção, o estado americano produz o dobro da erva de que é capaz de consumir

Por Ricardo Amorim Atualizado em 1 set 2021, 17h49 - Publicado em 1 set 2021, 16h04

A super oferta de cannabis no estado americano da Califórnia está provocando uma avalanche de promoções nos dispensários, como são conhecidas as lojas especializadas do segmento. Para a erva cultivada ao ar livre, os preços no atacado chegaram a registrar quedas de até 60% nesta temporada de verão no hemisfério norte, enquanto os cultivadores indoor, que usam câmaras ou estufas, amargaram perdas entre 10% a 20%. Nesse cenário, os fazendeiros sofrem, os consumidores comemoram e os defensores da legalização torcem para que a tendência se mantenha. Isso porque, após mais três anos do início das vendas para maiores de 21 anos no Estado, em 2018, o mercado ilícito ainda é três vezes maior que o legal. Quem atua no mercado formal não consegue competir com os preços praticados por quem não paga impostos e não precisa atender a uma série de exigências regulatórias nem arcar com os altos custos das licenças. Com a queda nos preços no mercado regulado, a expectativa é que novos consumidores abandonem os traficantes e passem a frequentar os dispensários.

Mesmo com todas as dificuldades para manter operações de cannabis legal na Califórnia, a região já produz muito mais do que é capaz de consumir. Autoridades estimam que os californianos produzem duas vezes mais cannabis do que conseguem consumir. Como a planta ainda é ilegal em nível federal nos Estados Unidos, o excedente não pode nem ser enviado a outras partes do país. O Canadá enfrenta problema semelhante: estimativas indicam que a indústria da cannabis local destruiu mais de 500 toneladas de erva só nos últimos três anos. A situação demonstra, mais uma vez, a necessidade de construir um arcabouço regulatório que promova mais equilíbrio no mercado e que estimule a migração para a formalidade. Com as exigências excessivas e os custos proibitivos do sistema atual, os criminosos continuarão liderando o comércio de cannabis por muitos anos ainda.


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